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domingo, julho 31, 2005
É isto que vou lembrar quando for velho
Finalmente alguém concretizou o que eu nunca tive a coragem+paciência para fazer. Um post dedicado à maior mentalidade-moda que alguma vez assolou a geração 13-20 anos: o emo, a pitice, por outras palavras, a falta total de cérebro.
Vale a pena ler
isto com atenção, e vale a pena clicar nos exemplos. Foram certamente escolhidos a dedo e são 100% representativos da sua classe.
sexta-feira, julho 29, 2005
hehe
Veio cá alguém chamar-me burro por não achar piada ao Tochas... lol.
Internet é:
Comunicar por escrito na net dá problemas uma vez por outra. A palavra visual não carrega um monte de componentes que a palavra verbal suporta, e que juntos definem o sentido e a intenção daquilo que comunicamos. Por exemplo, na internet é difícil saber a entoação dada às palavras. Muitas vezes não distinguimos, por exemplo, ironia. Resumindo: a internet não nos permite identificar imediatamente o ambiente envolvente de uma relação de comunicação.
Supostamente, não devíamos fazer juízos dessas relações de comunicação. Afinal, se não há maneira de entender o contexto de uma comunicação, o único suporte possível para um juízo é aquilo que nós interpretamos individualmente dessa comunicação. E que eu saiba, a interpretação individual e subjectiva nunca foi fundamento legítimo para um juízo dogmático e objectivo.
Porém, nada é mais frequente na net que essa mesma situação. Maior parte das pessoas é mestra em julgar imediatamente os outros por 3 ou 4 posts, 3 ou 4 comentários. Sugar dessas palavras toda a caracterização de um ser humano, julgá-lo, e invariavelmente criticá-lo e considerá-lo inferior.
A net (vá, sem rodeios, a blogoesfera em especial) é um antro de pessoas à espera de poder apontar qualquer coisa nos outros. Não é culpa da internet que sejamos assim, claro. É talvez uma daquelas coisas boas a que damos usos errados. Como o Ovomaltine. Aquilo é bom é mesmo às toneladas, e não sei quem teve a triste ideia de convencer o mundo todo que uma quantidade equilibrada é ideal.
quinta-feira, julho 28, 2005
Hoje
terça-feira, julho 26, 2005
Shit-chat
- Então, como estás?
- Epá, tou buéda mal mesmo.
-
Hum que original...- Desculpa?
- Er, nada, conta lá o que se passa então...
- Pá tenho tado mm em baixo. Acho que tou com uma depressão.
-
Yah e não estamos todos?
- Han?
- Cof, nada, engasguei-me. Então diz lá, foi o teu namorado...?
...
(Precisava de um título parvo, e consultei o especialista!)
From A to Z V.
Tenho andado a ler BDs de Star Wars com histórias que completam muito a pequena porção do universo que vemos nos 6 filmes. Por exemplo, os primeiros confrontos entre os Sith e os Jedi que datam de 5 milénios antes do nascimento de Luke Skywalker.Alguns dos números que mais gostei de ler relatam aventuras de Qui-Gon Jinn (muito pouco aprofundado no filme) e Obi-Wan Kenobi, padawan e ainda muito jovem. Nestes números vemos o mestre ensinar o caminho ao padawan, vemo-lo a exemplificar o Jedi way e a corrigir o aluno sempre que ele precisa de ser posto back on track. Era um professor atento, tanto exigente como companheiro. Não demasiado permissivo mas nem por isso deixava de confiar algumas tarefas às capacidades do padawan. Portanto, fiquei com a impressão de que foi um educador equilibrado, definiu claramente o papel de professor sem por isso criar uma distância fria.Tudo isto me fez pensar: O que levou Anakin ao lado negro da força? Onde é que Kenobi falhou?
Ao rever a atitude de Obi-Wan com o seu aprendiz, muitas vezes acho que ele foi demasiado... soft. Educar um Jedi deve ter algumas coisas em comum com educar uma criança. Ou seja, o caminho do padawan será em certa parte derivado dos caminhos que lhe for permitido escolher. E talvez Kenobi tenha sido demasiado permissivo e também demasiado amigo. Ou seja, ficou muito ao nível do aprendiz, o que é mau. Não que tenha que ser um professor severo e mal encarado, mas também não se pode por em igualdade pois não criará autoridade nem admiração suficiente para levar o padawan a dar crédito às suas palavras.
Anakin Skywalker fez um monte de asneiras, entre as quais ser convencido e arrogante uma centena de vezes. E, se viram o episódio III, Kenobi ainda lhe disse que estava muito orgulhoso dele, mesmo após ele ter duvidado da alta autoridade que é o Jedi Council. Se eu fosse mestre dele, tinha-lhe dado uns bons tabefes naquela cara para ele aprender a não ser assim. E nunca lhe teria dito que ela era o mais poderoso de todos os Jedi mas isso é culpa de toda a gente um pouco.
Portanto quem teria sido um bom mestre para Anakin Skywalker? Qui-Gon Jinn? Hum, não creio. Kenobi era uma encomenda que Qui-gon conseguiu aguentar, mas não sei se aconteceria o mesmo com o poderoso e agitado Anakin. Afinal, o bom coração de Kenobi deve ter facilitado o processo de o tornar um bom Jedi (para mim, dos melhores). Não estou a ver o mesmo acontecer com Anakin, de coração arrogante e convencido de que poderia derrotar todo o Jedi Council com uma perna às costas.Acho que um bom mestre para Skywalker teria sido Mace Windu. Porque este sabia ser autoritário e dar-lhe um berro se fosse preciso. Teria sido o slap-bot que o Anakin precisou tantas vezes. Se o puto se armasse em arrogante e convencido, e se dignasse a desobedecer ou questionar uma ordem do mestre, apanhava logo 3 estalos na cara e não voltava a repetir a brincadeira (assim escusava de ser drástico no fim e ter de lhe cortar as pernas e um braço).
Mas para isto resultar, teria que ser combinado com outros factores importantes. Por exemplo, não o deviam ter deixado chegar ao ponto de crer que era melhor que qualquer outro Jedi. Ou, pelo menos, deviam te-lo incentivado a deixar de ser assim. Ele era maniento em frente dos outros Jedi, não percebo como é que isso foi deixado impune vezes sem conta.
Talvez umas doses de estalos levassem Anakin ao lado negro na mesma. Bom, estalos é uma expressão... Alguma autoridade bastaria. Precisava portanto de um mestre que fosse mais um tutor que um irmão, como foi Kenobi. Talvez um pouco mais de pai até.
Talvez se tivesse sido treinado pelo Yoda também funcionasse...
Bom mas no fim ele cumpriu a profecia e trouxe o equilíbrio de volta à força. Portanto este post está bom para ir para a sanita.
segunda-feira, julho 25, 2005
Upa
Estas foram as palavras-chave mais procuradas no Google esta semana. Vamos ver se me aumenta a média de visitas diárias.
Sim, já devia estar contente com as 6003 visitas acabadinhas de fazer neste momento. De facto, se queria mais entradas, bastava falar da fé em Deus de modo a que toda a gente percebesse que eu estava a dizer que Deus não existe. Porque afinal, da última vez bateu recordes.
domingo, julho 24, 2005
Se toda a gente fosse como eu...
O mundo seria: possivelmente muito silencioso...
A publicidade seria: drasticamente reduzida.
O Natal seria: reduzido às prendas.
O Levanta-te e Ri seria: banido.
E o Pedro Tochas seria: alguém com muito menos sucesso porque se fossem todos como eu ninguém lhe acharia muita piada.
Gomas seriam: como a vaca é na India, à excepção que não só seria permitido comê-las como obrigatório.
Coves de bruxelas seriam: banidas.
Idosos seriam: banidos.
O futebol seria: banido. E crime.
Os jovens seriam: banidos. Ou assassinados, ainda não sei.
Os adultos seriam: banidos e depois assassinados.
Os comunistas-extremos seriam: postos numa ilha para experimentarem o seu regime (estou a falar especialmente daqueles que acham que os presos deviam ser libertados pois a prisão é uma forma de opressão...).
Os comunistas-extremos que fossem jovens seriam: banidos, postos numa ilha para experimentarem o seu regime, forçados a comer couves de bruxelas e depois assassinados.
A saga Senhor Dos Anéis e tudo relacionado seria: retirado imediatamente do mercado e possivelmente queimado. Tirando talvez os livros.
Star Wars seria: parte da educação escolar.
Claro que se o mundo fosse como eu, ninguém era comunista-extremo e as couves de bruxelas já se teriam extinguido (pelo menos tanto quanto possível para um vegetal). Os adultos não teriam que ser necessariamente banidos porque seriam adultos como o adulto que eu serei. Ou seja, seriam banidos...
Certamente o mundo seria um sítio mais silencioso.
Agora: se fores uma pita sem mais nada que fazer, até podes espetar isto no teu blogue todo florido ou mandar por e-mail para as tuas amigas a dizer que os jovens seriam: tOdUx iGuAiX aU lEoNaRdUh DiCaPrIuH!
Se não fores podes fazer o mesmo... aliás, estou curioso com as respostas dos outros.
P.S.: Snape mata Dumbledore.
Tem tudo
Portugal tem secas, Portugal tem o governo, Portugal tem incêndios, Portugal tem mais IVA, Portugal tem criminalidade...
Foda-se, Portugal
tem tudo!
sábado, julho 23, 2005
Bah
Acho que inventei um jogo novo daqueles que costumamos receber por e-mail de vez em quando. Daqueles que nos perguntam o que temos debaixo da cama, quantas tatuagens temos e se gostamos mais de pepsi ou de coca-cola.
Começa com a hipótese "Se toda a gente fosse como eu..." e depois vêm as perguntas.
Mas estou particularmente desinspirado neste momento, e acho que estar aqui sentado a pensar em perguntas é um dos motivos. Portanto vou pensar nisto durante o dia e se me apetecer venho cá mais tarde.
sexta-feira, julho 22, 2005
Blog hunting
Há imenso tempo que não visito blogues. Primeiro, lê-se muito as mesmas coisas e isso aborrece-me. Fazer comentários também me aborrece e o melhor que sei dizer é normalmente "Gostei muito" o que é de uma simplicidade que não parece agradar os bloguistas. Não sei porquê mas preferem comentários pseudo-filosóficos com ideiais estranhos sobre o amor e coisas assim.
Mas hoje decidi adicionar um ou dois MESMO BONS à minha empoeirada lista de blogues que costumava visitar. Então escolhi uma pessoa ao acaso das que comentou um dos meus últimos posts, fui ao site dessa pessoa e abri todos os blogues lá listados. A partir daí fui eliminando aqueles que não me faziam pensar "WOW isto é fixe!" logo nos primeiros segundos.
Fiquei espantado como maior parte deles são frases já lidas e re-lidas do género "Acendo um cigarro, corto os pulsos com um cutelo e vejo o sangue reptando pelo chão sob o luar que rasga a escuridão da noite". Há sempre cigarros e qualquer coisa rasgada.
Outra situação é quando são poemas. Passo imediatamente ao próximo. OK há um blogue onde suporto ler poemas! UM! E como já encontrei um, reconheço a improbabilidade de encontrar outros e simplesmente passo ao próximo quando vejo que é tudo poemas.
Como estava a dizer, abro todos os blogues de uma lista do site de alguém escolhido ao acaso e vou eliminando os que não me agradam. No fim fica um, talvez dois, que comento com uma simples mensagem de "Parabéns, gostei muito" ou um derivado pouco diferente, e adiciono aos favoritos. Neste ponto, abro todos os blogues listados nesse site e repito o procedimento até me apetecer parar (geralmente não tarda muito).
O objectivo disto é deixar um link para
este blog que me agradou imenso pela simplicidade e originalidade da ideia, e pela realização (mais uma vez simples e original) da mesma. É giro como consegue tantos comentários.
segunda-feira, julho 18, 2005
Ia escrever umas coisas mas depois desisti.
Enfim.
domingo, julho 17, 2005
Deve haver um perfume chamado "Para mulheres tias e snobs à entrada da terceira idade" porque elas cheiram todas ao mesmo. Ok, talvez não. Mas de certeza que há um perfume chamado "Para mulheres tias e snobs à entrada da terceira idade que vivam no prédio do João".
quinta-feira, julho 14, 2005
Sobre o último post:
Há pontos que tenho que explicar, outros que tenho que rectificar. Primeiro: o título. Não o vou mudar, mas deixem-me dizer que me apercebo do quanto pouco é adequado. O texto não explica o porquê eu ser ateu, mas explica o porque se deve duvidar dos motivos de uma fé cega, mesmo que seja a nossa fé. De facto, eu poderia ter escrito exactamente o mesmo se fosse crente devoto. Podia ter pensado nisto enquanto me ajoelhava na igreja. Nenhuma parte da argumentação tem preconceitos ateus, e nunca digo que a fé em Deus é injustificável porque "Epá isso é ridículo". Acho que expus uma lógica que é apenas humana, independente da religião de quem expõe. É como fazer cálculos matemáticos.
Portanto o título devia resumir-se a "Porquê a fé?" ou "Porquê acreditar?", exprimindo o post como uma procura dos motivos da fé em Deus (e não, definitivamente, uma afirmação sobre e existência ou não de Deus). Uma procura que foi feita por um agnóstico-tendente-para-ateu mas que também admite que pode estar errado.
Nunca vi nenhum crente que me explicasse lógica e racionalmente a sua fé, foi o que disse ontem. Encontrei, porém, uns que me disseram que a fé em Deus (que, já agora, de acordo com eles, deve ser escrita com letra maíuscula, mas abordo isso noutro momento) é algo ilógico, irracional. Para mim, isso é um motivo para duvidar dessa fé. Aliás: é o motivo que o post anterior quis precisar. A vida, o comportamento humano, o pensamento, tudo isto se rege por leis lógicas, portanto onde é que a falta de lógica é uma garantia de legitimidade?
O facto é que toda as crenças humanas são lógicas, existem porque o objecto dessa crença está provado. E falo de crenças grandes e de pequenas, porque são todas crenças. A Britney Spears é um homem? Não acredito! Mas se lhe visse a pila e a barba não teria escolha e acreditaria. E depois perguntar-me-iam "Isso é o que dizem os tabloides, acreditas nessa treta?". Pois claro que acredito, porque vi a prova. De outro modo não seria legítimo acreditar. Porque haveria eu de acreditar em alguém que me abordasse na rua e me dissesse que sabia voar?
É que toda a crença imotivada é um risco. Às vezes temos que tomar uma decisão sobre confiar ou não numa pessoa. Muitas vezes decidimos mal e somos enganados e traídos. Muitas vezes pensávamos que podíamos confiar... e pudémos, e confiámos, mas em algo que não existia.
Eu nunca vi provas que justuficassem uma crença em Deus (não acho, por exemplo, que Cristo seja uma)
. Não que ele não exista... mas por enquanto ainda não vi provas. Até lá, não serei totalmente ateu - terei apenas muitas dúvidas ou uma dúvida muito grande.Aceito que as pessoas acreditem, mesmo sem um motivo aparente. Aceito que tenha sido assim toda a vida, e aceito que nem que sejam encurraladas pela lógica elas admitam. Acho que essas podiam abrir um pouco mais a mente, à possibilidade de poderem estar erradas. Mas isto ramifica em algo que não quero falar para já.
terça-feira, julho 12, 2005
Porquê em-princípio-ateu
Já me disseram várias vezes que a fé em Deus é uma fé que não precisa de provas. Para começar, acho que isto não é uma fé que se tenha. Pelo menos não é uma fé que leve a uma certeza. Fé sozinha constroi hipóteses, e não certezas. Comprovação sim, leva à certeza, com ou sem fé.
Ter fé em Deus sem qualquer prova é, para mim, manter Deus no campo da hipótese. Mas não sei porquê, em relação a Deus, muitos crentes acham que a fé, exactamente por não ter qualquer comprovação, é ainda mais forte. Ou seja: quando as crianças acreditam no Pai Natal, é uma fé como as outras - uma fé que não leva a mais que uma hipótese. Mas a fé em Deus é vista como uma fé numa certeza que é mais certeza ainda por ser baseada numa fé sem fundamento (NOTA: Revisitar a frase "sem fundamento").
Claro que certas pessoas atribuem certos factos à vontade divina e isso para elas chega-lhes como prova que esse divino existe. Mas a atribuição de certos eventos à vontade divina é tudo menos obrigatória - as crianças, ao verem as prendas pela manhã na árvore de natal, rendem-se à existência do Pai Natal mas nem por isso ele existe. Esta relação entre acontecimento-Deus é de uma arbitrariedade inconsciente (acho eu), muito conveniente. De facto, a conveniência é tanta que imensas vezes ouvimos "Foi Deus" quando acontece uma coisa boa e "Misteriosos são os desígnios do senhor. Certas coisas não é suposto compreendermos" quando um maremoto mata 200 mil pessoas. Mas isto não representa maior parte dos crentes
anyway, já que muitos têm aquela consciência do facto (conveniente?) de Deus não influenciar de maneira nenhuma o decorrer das vidas humanas.
Face a tudo isto, face a uma crença que não prova nada, ouço muitas vezes que "simplesmente sei que ele existe", o que, se pensarmos que crer e saber nem sempre é assim tão diferente, não me leva a lado nenhum. Passamos a vida a confiar nas pessoas e apanhar desilusões, a discutir porque
sabemos que temos razão e depois não temos, a dar informações erradas e, oops, afinal as chaves não estavam em cima da mesa e eu discuti toda a manhã com a minha irmã por causa disso. Mas quando se sabe que Deus existe, mesmo sem nenhuma prova, Ah!, aí é diferente. Não conheces a minha namorada para poderes falar dela, não sabes qual a intenção de um filme para o poderes criticar, mas quando me dizes que um ser todo-poderoso nos criou e todo o pack que acompanha Deus, isso sim, sabes. Mesmo que não saibas.
"Mas sei. Sinto cá dentro". Mesma questão: quantas vemos sentimos agressividade na voz de alguém e a pessoa nos garante que está tudo bem? Os mal entendidos derivados de entoações mal percebidas são imensos. Porque sentimos coisas e confiamos nelas e às vezes não são fiáveis.
Afinal, porque é que milhões de pessoas, quase todas as pessoas, acreditam em Deus?
Há outra resposta que eu gosto. É aquela do "Não faria sentido se Deus não existisse". Pois claro que não faz sentido nascer e viver e, quando morremos, deixar simplesmente de existir. É ridículo, deprimente, absurdo. Claro que não faz sentido, mas ninguém disse que tinha que fazer! A existência de Deus daria um certo sentido a tudo (daria?), mas isso não quer dizer que ele existe porque nada nos garante que o tudo tenha obrigatoriamente que ter um sentido. É bastante circular que seja Deus a dar o sentido às coisas, o mesmo sentido que conduz à existência desse mesmo Deus. Acho que isto nem é possível.
Isto faz-me pensar que Deus é um mecanismo automático e inconsciente de defesa inato ao ser humano. Viver com a hipótese de a existência ser um absurdo pode ser, como já disse, deprimente. Deus é como uma esperança, e isto para mim é mais verdade de dia para dia. Talvez exista um Deus, ok, mas talvez seja tudo uma falta de coragem para enfrentar a mais dura condição intrínseca à existência: a sua absurdidade (ou absurdez? ou absurdice? ou absurdalhice? Ok isto já não é a sério).
Não que seja uma cobardia como a comum, que seja apontável e desapreciada. De facto, quem acredita em Deus, não tem qualquer consciência desta possível (repito: é um talvez) cobardia. Como disse, é um mecanismo de defesa automático, como espirrar porque um ser microscópico estranho nos entra pelo nariz, ou tossir quando algo nos fica entalado na garganta. Ninguém nos ensina, é humano e é um sistema que nos permite sobreviver e viver melhor. Como Deus.
Não há certezas neste post, claro. Mas há eu a habituar-me à ideia.
segunda-feira, julho 11, 2005
Pinhal Nov PN, ça terra!
PN espanta-me sempre. A mim, que vivi lá três anos e meio. Parece que não há um limite para a cromice que se cultiva naquela terra. De facto, cada vez que lá vou tenho o pensamento admirado de quem lá vai pela primeira vez.
Um exemplo: há cromos que aceleram com o carro por puro
show-off em todo lado. Todos os dias vemos um ou outro desses. Pois hoje esperei uma hora por um amigo no PN e passaram no mínimo seis. Isto dá, no mínimo, um em cada dez minutos.
Isto é só um exemplo. Há outros, já vi outras provas quando por algum motivo tenho que ir ao PN. Putos com a mania que querem ser pretos, bonés de pála lisa levantada e calças dentro das meias; jovens na moda, todos na mesma moda, porque usam
todos o mesmo penteado até ele sair de moda e voltarem a usar
todos o próximo que estiver na moda (resultado, há vários penteados no Pinhal Novo. Um de cada vez) ... enfim, só posso ir escrevendo à medida que for vendo coisas destas.
Às vezes quase acredito que o PN é uma espécie de população-teste de uma experiência qualquer super secreta. Talvez lhes deitem qualquer coisa na água ou no ar, não sei. Ali geram-se os maiores exemplos de cromice que alguma vez vi. As pessoas ali crescem de maneira diferente, não sei explicar...
Que post tão mau, eu não devia ser assim (se calhar foi de viver 3 anos e meio no PN)
Decidi abreviar o nome da cidade para manter o anonimato. Não quero ser surpreendido por Pinhal Novenses em fúria quando for ao PN.
sábado, julho 09, 2005
Clássicos Fertagus
Já sentiu vontade de ficar no comboio no fim da viagem para poder disfrutar mais alguns momentos das grandes canções que o acompanham durante o caminho? Quantas vezes saiu do comboio a cantarolar as músicas que ouviu durante a viagem? Nunca desejou prolongar esses prazerosos momentos ao longo de todo o seu dia-a-dia?
Pois agora já pode!
(Também disponível em cassete)
Leve para casa todas as músicas orquestrais que enriquecem a sua viagem. Desde os melhores solos de piano até às mais majestosas orquestras, passando claro pela estranha música de tom épico-heroico que aparentemente saiu de um filme do Super-Homem.
Este maravilhoso artigo, além de todos os grandes títulos que compõem a
playlist da Fertagus, inclui um segundo CD com os familiares
remixes que pode ouvir durante a viagem de comboio: efeitos famosos como "CD aos saltos" ou "colunas a peidar-se", e clássicos samples como "Próxima paragem: Fogueteiro".
Uma oportunidade a não perder! Pela generosa quantia de 403879³ euros (+ gastos de envio), obtenha este maravilhoso e indispensável artigo que deixará os seus amigos roídos de inveja!
Não o encontrará nas lojas nem à venda em qualquer outro lugar. Para obter este produto, ligue já para o 123456789 e receberá os seu tão desejado CD comodamente em casa.
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2. Entrega ao domicilio depende da largura da rua onde viveLigue já! Não hesite!! Hesitar é para os fracos!!
quinta-feira, julho 07, 2005
Fica já dito que a partir de hoje as fotos que enviei para o concurso da chip7 estão disponíveis para serem votadas
aqui.
Implica um registo rápido, o que é desmotivador mas mais vale saberem já (como se fossem lá votar).
terça-feira, julho 05, 2005
Estava a escrever sobre não haver, para mim, motivo legítimo para magoar os outros, mesmo que isso derive de inconsciência, ou se uma consciência estupidamente traída, ou de pensarmos que estamos a fazer o correcto.
Não é que as pessoas sejam distraídas. Mais que isso, elas não tentam.
Não há amor, nem amizade, e acredita, nenhuma destas ilusões te vai salvar a vida.
Um casal de jovens namorados discute aqui à minha janela.
"Só se me deres um ganda motivo, uma ganda razão pa teres feito o que fizeste", diz ele.
Nunca vamos conseguir entender os motivos dos outros. Pelo menos a sua legitimidade enquanto combustíveis de algo que nos magoa. Eu, pelo menos, não consigo.
Mal sabe ele que não vale a pena perguntar porquê.
domingo, julho 03, 2005
Msn Messenger (acho que o último)
zé manel diz:então, como é amanhã?aMuH-t MuNtuH aMoRxInHuH *** LuV U 4EvEr MiNhA CoIxInHa DoXe. XoU a PeXoA MaIx FeLiX dO mUnDo *** diz:axuh q naum vai dar pa ir...zé manel diz:foda-se mas que merda de nick é esse? o que é q te faz pensar que essa merda me interessa?
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