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quinta-feira, março 31, 2005
O - Damien Rice, música inteligente.
Escrevi um post inteiro sobre a música Cheers Darlin e o blogger deu erro... o que tem acontecido muito frequentemente esta semana. Como isto me irrita, vou resumir.
Cheers Darlin, a música mais inteligente do álbum. Imaginem um tipo que assiste ao casamento da mulher que ama com outro homem. Imaginem que o tipo bebe demais e apanha uma daquelas bebedeiras depressivas. Torna-se no clássico estraga-festas com os seus lamentos desagradáveis.
É basicamente isso.
Genial genial, é o som do vidro dos copos em brinde que faz o ritmo. Cheers.
E pronto, havia mais detalhes mas como estou irritado não quero saber. Vou espetar aqui um pedaço demonstrativo da letra e tá a andar.
Cheers darlin'Here's to you and your lover boyCheers darlin'I got years to wait around for youCheers darlin'I've got your wedding bells in my earCheers darlin'You give me three cigarettes to smoke my tears awayAnd I die when you mention his nameAnd I lied, I should have kissed youWhen we were running the reins
Ah sim, o resto do álbum também é muito bom, bla bla bla.
Que se f*da o blogger, também. Às vezes dá-lhe destas...
Efeitos da má memória: um estudo contínuo
Muitas vezes alguém me conta o fim de um filme. É horrível. Mas só tenho que esperar umas semanas para já não me lembrar.
quarta-feira, março 30, 2005
Sobre o post anterior
terça-feira, março 29, 2005
No Cinema
O tipo à entrada rasga o meu bilhete e diz:
"Fila I, lugar 11". Obrigadinho...
Não percebo o que é que há no meu aspecto que lhes diz que não sei ler.
sábado, março 26, 2005
No more Haloscan
Porque o blogger agora deixa qualquer um, mesmo sem registo, fazer comentários.
Remember that, embora ache que depois do último post ninguém vai comentar com medo que eu os insira numa das categorias...
Comentários
Reli o blogue desde o primeiro post. Já referi uma das vantagens de ter má memória: posso voltar a rir-me imenso com coisas que escrevi há muitos meses, coisas que quase já esqueci.
O facto é que ri mesmo muito a ler posts antigos e, ao ler alguns comentários, percebi que quase nunca as pessoas acharam tanta piada quanto eu. Para ser sincero, raros foram os que demonstraram ter realmente atingido aquele detalhe essencial que mostra o cómico da situação.
Reparei que maior parte das vezes os posts são lidos com o mínimo de atenção, e que grande parte dos bloggers que por aí circulam com as suas caras de gafanhoto (hoje apetece-me que tenham cara de gafanhoto) nunca vão perceber a intenção com que colo as palavras umas às outras. Porque estão demasiado preocupados em aproveitar a oportunidade quem têm para falar para me dar palavras de coragem em relação a um problema que mal denominei e cujas dimensões desconhecem completamente.
Mas nem sempre são assim tão solidários. Às vezes preferem mostrar que têm algo interessante para dizer, algo mais interessante que os outros que escreveram aqueles comentários abaixo, e lá despejam uma filosofia cliché sobre a vida e a existência.
Com alguma atenção, descobrimos um ou outro que apanhou genes dos dois tipos referidos acima, e andam aí a dar uma de psicólogo-amigo-sábio-filósofo, misturando conselhos inúteis, vagos e gastos, com filosofia barata. Imaginemos que eu escrevia um texto assim em tom objectivo de ensaio sobre a vida e a morte. O psicólogo-amigo-sábio-filósofo diria "Não há maneira de escapar à morte, temos é que continuar a sonhar, sonhar é viver!". Perfeita junção de a) informação repetidíssima que quase soa a inteligente; b) conselho inútil, gasto, vago, quando nem sequer expressei um problema pessoal (hello, nem todos gostamos de colar aqui explicitamente os nossos problemas!); c) a afirmação cliché.
O anonimato traz ao de cima o pior das pessoas. Numa multidão, um tipo atira uma pedra ao político. Se estivesse sozinho no recinto, não o faria. O anonimato traz ao de cima o pior das pessoas. E a internet não é excepção. Com isto chegamos àquele tipo de comentador que anda constantemente alerta à procura de qualquer coisa que possa censurar nos outros. Qualquer hipótese de lhe dizer "Tu estás errado! Eu sou a suprema maneira de ser e estar! Tu estás mal! Vai ver o meu blogue, essa divina bíblia da rectidão!". Agora apetece-me dar um parágrafo, com licença.
Estes últimos integram uma corrente caracterizada pelo criticar aqueles que criticam demais, que criticam mal e nem olham para eles próprios. Mas foi levado ao extremo, e agora acusam simplesmente todos os que fazem a mínima crítica, seja ela boa ou má. Face a um juizo de outro ser humano, podemos tentar ver o ponto de vista dele, entender as suas palavras, sentir o que ele sentiu. Ou automaticamente dizer uma foleirada variante de "se calhar o problema é de quem vê!". Estes comentadores "caçadores furtivos da imperfeição humana" nem imaginam a primeira hipótese. Eles são perfeitos. Eles apontam, dizem "Tu estás mal, sê como eu! Supra sumo do bem e do correcto! Do como-deve-ser!".
Há mais, mais tipos de comentários e de comentadores. Os que querem as visitas, os que querem gajas, os que querem ambos... Os simples, os huu-olha-que-misterioso-que-sou, os que escrevem um autêntico post num comentário para mostrarem logo ali o quanto bem sabem escrever... As categorias são incontáveis.
É por tudo isto que escrevi acima que, na maior parte do tempo, me sinto feliz por ter tão poucos comentários. Mas tenho a certeza que alguém vai ali clicar onde diz "0 opiniões" para me dizer que "Talvez o problema seja de quem vê". Ok agora talvez não porque acabei de dizer isto... Mas alguém vai achar que fui arrogante, que não tenho o direito de criticar assim os outros, que bla bla bla, esquecendo-se convinientemente que de facto há pessoas assim, como as que referi, que não fui eu quem as inventei. Não é preciso procurar muito. Alguém vai ler isto e não vai saber distinguir este desabafo (este reparo) de uma crítica ofensiva. Alguém vai achar que tenho "a mania que sou superior" quando não tem nada, nada, nada a ver. Alguém leu com o mínimo possível de atenção.
sexta-feira, março 25, 2005
Ontem
Jardim Zoológico de Lisboa.
quarta-feira, março 23, 2005
A minha vida de ficção científica.
Debruças-te contra o corrimão da ponte de passageiros. Os carros passam rápido por baixo. Alguns tão rápidos que a cor parece ficar para trás. Outros mais lentos, em que tens tempo de ver o condutor e, se houver, um passageiro ao lado.
Observas o condutor. Pensas que ele tem o poder de mover aquele objecto enorme, o meio de transporte, aquela cápsula sobre rodas que se desloca pelo terreno. Um mecanismo que o Homem domina, um aglomerado de avançada tecnologia (mais avançada do que aquilo que tu pensas). Não é só um comum carro, e não é só um condutor a conduzi-lo. Mas ainda não te apercebes disto.
Pensas numa civilização extraterrestre, uma cidade com os seus caminhos, as suas estradas, os seus veículos. Debruças-te contra o corrimão da ponte de passageiros. Os veículos passam rápido por baixo. Alguns tão rápido que a cor parece ficar para trás. Outros mais lentos, em que tens tempo de ver o condutor e, se houver, um passageiro ao lado.
Observas o condutor. Pensas que ele tem o poder de mover aquele objecto enorme, o meio de transporte, aquela cápsula sobre rodas que se desloca pelo terreno. Um mecanismo que a sua raça domina, um aglomerado de avançada tecnologia (mais avançada do que aquilo que tu pensas). E reconheces o interesse desta situação. O modo fantástico com a espécie extraterrestre se move em veículos estranhos, cápsulas complexas de utilização complexa, tudo tão avançado.
Vais no carro, ao lado do teu pai que conduz. O teu pai que conduz, o ser extraterrestre na sua estranha cápsula móvel. Exactamente a mesma coisa.
segunda-feira, março 21, 2005
A minha actual T-Shirt para dormir foi oferecida pelo IPJ e diz "Eu tenho valor. Estou
IN".
Não vejo a relação.
domingo, março 20, 2005
Cinema
Ante-ontem fui ver
The Life Aquatic. Ontem fui Ver
Million Dollar Baby. As pessoas riram-se mais no segundo.
sábado, março 19, 2005
Estereotipos
Há pessoas que perdem telemoveis e há pessoas que os acham. Há pessoas que os acham e telefonam para o "Mãe" da lista. Há mães que recebem chamadas de "encontrei este telemovel e tem aqui este número com o nome Mãe".
Eu perdi o meu telemovel há alguns dias. A minha mãe não recebeu nenhuma chamada. Mas hoje chegou a factura detalhada e os dois contos que ainda lá tinha foram queimados instanteneamente em chamadas para Angola, minutos depois de eu perder o telemóvel.
O meu telemóvel foi encontrado por pessoas que não tiveram o cuidado de pensar em devolver-mo. Em vez disso ligaram para Angola. E depois não querem que haja estereótipos. Eu, um "branco de merda", não tenho culpa. Volto a dizer, eles estereotipam-se sozinhos.
quinta-feira, março 17, 2005
O melhor post
Eu tinha um post
mesmo bom para por aqui ontem mas o blogger estava estragado. Juro que era o melhor post que alguma vez leram.
terça-feira, março 15, 2005
22 em linha contínua
Hoje mijei
non-stop durante 22 segundos.
Não é que isto tenha grande importância, mas não é todos os dias que nos espantamos com o próprio mijo.
sábado, março 12, 2005
Ontem
Rufus Wainwright: é um querido. E acho que nem toda a gente ligou muito a isso.
Começando pelo fim, soube muito a pouco e tive pena. Pena que não fosse público para ele, pena que ao longo de todo a (pequena) actuação se tivessem ouvido a conversa de fundo da multidão pouco interessada, pena pela selecção das músicas que não foi a melhor, pena que ele não tivesse falado tanto como na Aula Magna... e mais: tenho pena que ele tenha que levar com um público que maioritariamente não está ali para ele durante o resto da tour. Até tive pena que o palco estivesse tão cheio de instrumentos, tão feio. No fundo, é uma questão de compaixão pelo artista. Não pôde dar tudo o que consegue nem teve a atenção que, enquanto fenómeno admirável, merece. Tive pena.
Tive pena que não tivesse trazido um exército de músicos e instrumentos com ele. Ou isso ou sozinho, pareceu ficar muito a desejar com aquela formação simples de banda comum. E o baterista nem se via. Juro que no início pensei "de onde vem o som da bateria"?
Mas ele é sempre um querido. Fiquei cheio de pena. Soube-me a pouco, e fiquei
mesmo cheio de pena. E acho que quem o viu na Aula Magna percebe.
Ah yah e depois foi Keane.
Kidding.
Resumindo Keane: muita pose, mas hey!, parece que isso puxa pelas pessoas - os olhares e o punho no ar e... tudo o resto que ele faz.
Dois dias antes tinha visto um concerto na 2 e achei-o terrivelmente desafinado. De modo que quando ele anunciou a
She Has No Time tremi de medo. Felizmente, o som estava altíssimo, alto demais, e não deu para perceber qualquer desafino. O que não quer dizer nada pois hoje, na SIC Radical, no pequeno excerto do concerto que passaram no CC, deu para perceber que os desafinos estiveram lá. Só que muito (e muito bem, consequentemente) abafados pelos décibeis extras que todo o som tinha.
Gostei de ouvir os singles. Ou talvez não, porque depois de ouvir bem o álbum já não sabia bem quais eram os singles e quais não eram. E como as pessoas até sabiam bastantes músicas, qualquer uma delas podia ser um single. Sim, porque pelo início era dificílimo distinguí-las. Nunca num concerto tinha pensado (mais que uma vez, até) "já não tocaram esta?". Mesmo naquelas que ele anunciou como inéditas. Enfim. Isto foi Keane. E apesar de tudo gostei. Teve
feeling.
Foi um bom concerto para fechar Rufus Wainwright. :)
sexta-feira, março 11, 2005
Frances The Mute
Premissa 1: The Mars Volta = incategorizável.
Ok, bla bla bla, som aparentemente descontrolado, etc etc, ou seja, para apreciar estes tipos é preciso desaprender algumas coisas que aprendemos ao longo de anos a ouvir música. E depois é que percebemos que nem tudo é caótico. O que é, porém, é por opção (nítida). Especialmente o Frances The Mute: minutos longos de som não-musical. De facto, tive vontade de ripar o CD para mp3, cortar as partes de som experimental e gravar só com as verdadeiras músicas.
Claro que ouvir uma música de 14 minutos em que os 5 primeiros e os 5 últimos são ... som (sobrando 4 de música), às vezes cansa um pouco. Mas porra, são 4 minutos mesmo bons.
Depois de esperar meses pelo CD, dá gosto que seja bom quando muitos artistas perdem algo de uns álbums para os outros. Frances The Mute, em especial, sabe-me mesmo bem por isso.
Incómodo, difícil, mas rende.
Se não estivesse tão preguiçoso escrevia mais e melhor.
quarta-feira, março 09, 2005
Odeio hoje
Odeio poesia, e se amas a poesia então odeio-te também.
Odeio todas as pessoas que gostam do Benfica, do Sporting, do Porto e etc.
Se és jovem, odeio-te, e se és adulto também. Se és velho, pior ainda.
Não me conheces de lado nenhum e eu odeio-te, e se és meu amigo, estranhamente, também te odeio.
Odeio lisboa!
Odeio música e se não consegues passar sem música então odeio-te.
Também odeio fotografia. O quê, gostas de fotografia? Adivinha: odeio-te!
Odeio blogues, odeio quem os escreve, quem os lê, quem não lê o meu e quem o lê também.
Odeio quem escreve. Odeio cadernos e canetas e a escrita no geral.
Odeio computadores mas isso não é só hoje. Falando em ódios normais: odeio pessoas. Odeio pessoas tristes, pessoas felizes, pessoas simples, pessoas problemáticas, pessoas apaixonadas, pessoas sozinhas, namorados, etc.
Odeio o messenger e os nicks em nome do casalinho cujo amor me dá vontade de ir à WC cagar um cagalhão tão grande que parta a porcelana da sanita (quero lá saber que o mÁrCiO goxte mtuh da XuXaNA 4 eVeR). E os nicks de "falem comigo please" disfarçados de "tou buéda mal n falem cmg". Odeio toda a gente que faz isso. Epá mas estes
ODEIO mesmo. Estes deviam morrer.
argh
(Post actualizado 3 vezes and counting, não consigo para de achar coisas que odeio...)
segunda-feira, março 07, 2005
Melhores álbums de todos os tempos dos últimos meses:
Damien Rice - O (a ser comentado em breve)
The Mars Volta - Frances The Mute (a ser comentado em breve)
Jack Johnson - Brushfire Fairytales.
sábado, março 05, 2005
Vegetal
Voltei a por televisão com cabo no quarto. Agora é que sou um autêntico vegetal.
quinta-feira, março 03, 2005
Gosto desta.
Every living creature on this earth dies alone.
Roberta Sparrow, em Donnie Darko
quarta-feira, março 02, 2005
Ou
"Fornada", homogeneidade, não têm que ser termos positivos. "Defeituosos" não tem que ser negativo. Pensei que, dado as primeiras frases do último post, isso fosse claro.
Eu, por exemplo, gostava de encontrar mais defeituosos.
terça-feira, março 01, 2005
Fornada
A minha geração é uma fornada. Fomos feitos com a mesma massa no mesmo molde, usado vezes e vezes sem conta. Alguns saiem defeituosos.
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