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quarta-feira, setembro 29, 2004
Sobre o peso
Há tanta coisa pesada para dizer. Tão pesada que se afunda. Melhor: tão pesada que está sempre à superfície.
Sobre o tempo
o tempo passa rápido quando estás feliz e ocupada, entertida, divertida. mas, de um certo modo, passa ainda mais rápido quando estás aborrecida e triste. nesse ponto, é lento e rápido ao mesmo tempo.
terça-feira, setembro 28, 2004
Aprendermo-nos
Neste preciso momento lembro-me que a expressão é "
definitivamente, um privilégio que eu não justifico".
Lembrei-me ainda que "
gostava que as palavras não tivessem qualquer significado, para que eu as pudesse dizer, desregradamente."
De tempos a tempos, tudo o que dizemos se reencontra. Esse encontro encerra a prova, a evidência de quem somos. É um momento em que os fragmentos da nossa expressão (ou, mais directamente, fragmentos de nós próprios) se articulam com sentido e, juntos e relacionados, levam a algo maior que qualquer um deles. Aí aprendemos algo sobre alguém.
Num blog, é uma alegria. Todos os fragmentos de nós próprios estão registados para uma futura comparação, para uma conjugação e uma inferência. Verbalmente, pessoalmente, e ao longo do dia-a-dia, nada disto acontece. Aprender sobre alguém requer uma atenção que nem todos têm.
2way
But I believe in you so much
I could die for the words that you say...
But I believe in you so much
I could die from the words that you say.
Dashboard Confessional
Bem pensado.
segunda-feira, setembro 27, 2004
Tão funcionais
As soluções que as pessoas encontram para elas próprias, os métodos para lidarem consigo mesmas e para se auto-conhecerem, são coisas que não entendo como é que de facto funcionam enquanto soluções e métodos. São eficazes e não percebo como.
São tão funcionais. Internamente. Para cada problema, uma solução. Para cada procura, um procedimento.
domingo, setembro 26, 2004
Sobre escrever
Quando escrever esgota a sua função como arte e se torna uma actividade pretensiosa, deixa de ser talento para ser não mais que um monte de truques. Desonestos.
sábado, setembro 25, 2004
João de Outono
João era feito de Outono, de ramos finos e secos, frágeis e estaladiços. Um dia o seu coração aqueceu. Aqueceu tanto que incendiou todo o corpo e João assim morreu.
sexta-feira, setembro 24, 2004
Os
Death Cab For Cutie vão abrir concertos de
Pearl Jam algures em
não-Portugal. Mas que bom!
quinta-feira, setembro 23, 2004
Ai...
Não me apetece nada. Às vezes é preciso esperar que as palavras certas venham. E estou no
set errado de vocabulário, num campo terminológico que não contém desenvolvimentos metafísicos sobre o tempo.
Amanhã, amanhã, talvez...
quarta-feira, setembro 22, 2004
Sobre o tempo
O tempo é a coisa mais cruel do mundo. Explicava aqui e agora, mas seria muito longo, muito moroso, e tenho coisas para fazer. Estão a ver como o tempo é cruel?
(Fica para amanhã)
Manobra complicada
Fakie frontside heel é uma daquelas manobras...
Emo
I AM 25% EMO!
Hmm.. I should stop listening to Dashboard Confessional.... enough said...
Now that I stopped looking at my shoes, I know how the real world looks.
Agora que reparo, aquela última frase resume tão bem o ser Emo.
terça-feira, setembro 21, 2004
Sensibilidade e Bom Senso
Ou, por outras palavras, se é para ter sensibilidade, é para tê-la com bom senso. O problema é que sensibilidade há muita e bom senso nenhum.
domingo, setembro 19, 2004
Condição VS Motivação
Se o PODER FAZER fosse o primeiro motivo, eu faria as coisas sem que elas levassem a outro fim. Por exemplo: cuspia na cara das pessoas na rua só porque posso. Mas não o faço porque não vejo nenhum fim útil para isso. Daí acho que primeiro as coisas acontecem quando têm um fim útil. Em segundo, acontecem porque eu posso fazê-las acontecer. Entendes?
(...)
Estás a dizer que um evento X acontece, em primeiro lugar, porque eu, na minha condição de humano, tenho possibilidade de o fazer, e depois porque também tenho uma razão pessoal para isso?
É preciso ter cuidado com as palavras.
Ps.
O Tu deste post continuaria a discordar, mas isso pouco me interessou.
sexta-feira, setembro 17, 2004
Certas procuras fazem-se sem sair do mesmo sítio.
Internet, por exemplo.
terça-feira, setembro 14, 2004
Da ponte 25 d'Abril
Vejo,
sob o Sol, a
construção do Homem. É lindíssimo.
segunda-feira, setembro 13, 2004
Michael Jackson
Numa sessão de late night zapping, passei uma noite por um documentário sobre Michael Jackson que, obviamente, falava das várias operações plásticas do artista e mostrava o seu aspecto em diferentes épocas da sua vida. Devo dizer: eram horríveis. E eu, sentado na cama, experimentei distintos impulsos imediatos que variaram do nojo ao susto. Infelizmente sou muito impressionável com o visual, seja este percepcionado ou imaginado - há imagens que imagino e me assustam mais que qualquer filme. Ao deitar-me nessa noite, a imagem de Jackson não me saía da cabeça. No momento em que apaguei a luz (já deitado na almofada) a imagem da face dele ocupava-me tanto a mente como outras personagens que vi em filmes de terror, caracterizadas com o único intuito de assustar. Foi ridículo, mas verdade que naquele momento, ali deitado no meio do escuro, tive medo do Michael Jackson! Medo do Michael Jackson! A primeira vez que disse estas palavras para mim mesmo pensei no quanto se iam rir amigos meus quando lhes confessasse tudo isto no dia seguinte.
Não precisei de imaginar Jackson a fazer um som arrepiante ou qualquer coisa que fazem as personagens assustadores dos filmes de terror (agarrar-me ou esfaquear-me, por exemplo). Não, imaginar Michael Jackson parado, de pé no meu quarto, escondido no escuro e pronto para se revelar com aquela face no momento em que ligasse a luz, era suficiente para já eu estar com a cabeça enterrada no cobertor.
É ridículo, eu sei. Mas entendam-me. Olhem por exemplo,
neste site, a sequência das várias aparências do artista, e digam-me que é impossível alguém se sentir assustado.
Este post derivou da leitura do blogue Substrato
domingo, setembro 12, 2004
Voltar em grande
Depois de uns dias sem monitor...
Não vale a pena regressar se não com estilo.
sábado, setembro 11, 2004
Sobre o monitor estragado
Não ter monitor leva a não ligar o computador, o que significa não aceder à internet e consequentemente não actualizar o blogue, bem como não me manter a par de outros blogues habituais *. Foi, então, uma semana nisto. Primeiro perdi 12 quilos. Cresceu-me muito pelo, uma segunda fileira de dentes, e finalmente tornei-me um autêntico monstro quando perdida a maior parte da minha capacidade de comunicar com os homens.
O bom disto é voltar com estilo (amanhã, amanhã...).
(aos quais vou demorar a retornar porque os favoritos do browser foram-se)
domingo, setembro 05, 2004
Sobre o meu monitor
Está estragado.
Pronto é só isso. Devo ficar uns dias ausente. Não posso simplesmente ir ali ao lado comprar um novo...
Poder até posso...
sábado, setembro 04, 2004
Sobre os dias
Querem que eu viva distraído. Mas eu não tenho jeito nenhum para isso.
quinta-feira, setembro 02, 2004
Bacardi Cola?
Um bar movimentado, som de garrafas a bater na mesa, garrafas a tilintarem umas contra outras nas mãos de empregados sorridentes, vidro no vidro. Som constante e quase monótono de pessoas em conversas variadas que se fundem numa só. Som de bar, de bebida, de noite. Música e cadeiras, ritmo e mesas, as roupas da noite, os movimentos sociais e os movimentos de dança, tudo conjunto e sincronizado ? noite de bar, noite de noite. É o cenário que estala no anúncio logo à partida. Depois observa-se uma mesa em especial onde uma mulher de estatura fashion e normalíssima derrota, num encontro de braço-de-ferro, um homem de uma potência muscular que não passa despercebida ao espectador. O derrotado sai da mesa e entra o homem bem vestido com um ligeiro ar de russo e que foi recentemente admitido como empregado. De facto, quando se dirige para a mesa para provar a sua virilidade à mulher que continua a fazer rodar os homens, a destroçar as suas masculinidades num confronto braço vs. braço disputado num tampo de mesa viscoso e peganhento de cervejas entornadas, carrega ainda o tabuleiro suspenso vigorosamente em três dedos de um braço elevado à altura da cabeça, com a segurança de quem o faz desde que nasceu. Deixa o tabuleiro algures e senta-se à mesa. Os cotovelos embateram na mesa, cruzaram forças e suor, e para não variar, não é mais que um homem derrotado pela mulher que julgava geneticamente menos capacitada. Foi um episódio de humilhação que despoleta nele um tsunami de raiva e ira, uma energia que flui nos seus músculos, um impulso espontâneo e incontrolável que desperta nele a potência para arrasar com duas dezenas de homens, uma animalidade que ele controla com um simples... "Bacardi cola?". Uma sugestão, um convite que dirige ao próprio inimigo que seria capaz de mutilar.
A imagem do bar barulhento e animado desaparece e dá lugar a um ecrã preto onde uma garrafa e letras em forma de slogan anunciam a bebida.
É assim. Bacardi Cola. A solução para o conflito, para qualquer conflito. No fim deste anúncio, eu sabia que Bacardi Cola era a solução para tudo o que até aqui permaneceu irresolvido na minha vida. A minha raiva, as minhas frustrações, tudo. Nada na vida há que não se resolva com um Bacardi Cola partilhado com amigos ou o pior dos nossos inimigos. Bacardi Cola por cima de toda a possível desgraça que uma vida pode oferecer. Se o homem com ligeiro aspecto de russo conseguiu, porque não conseguirei eu também?
quarta-feira, setembro 01, 2004
Juro que não fiz de propósito!
I AM 50% EVIL GENIUS! Evil courses through my blood. Lies and deceit motivate my evil deeds. Crushing the weaklings and idiots that do nothing but interfere in my doings. |
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