Estava a dar uma tourada ainda há pouco.
O público aplaudia a audácia e o atrevimento do toureiro que tocava a cabeça do touro ou lhe virava as costas. Maravilhados com a destreza com que desafiava e se opunha destemidamente à natural e letal fúria do touro.
Oh sim, grande feito!
Por mais mauzão que fosse, eu também não seria fatalmente perigoso depois de correr durante duas horas enquanto levei 5 facadas nas costas.
Touradas são simplesmente estúpidas.
Questions I found on a weblog. I like answering this things.
Specially on days like today, when my boredom rates are high.
Here goes:
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Have you ever been attracted to someone older than you? If So, Who?
-- Er? yeah, I would guess. I don't remember well? but surely I have.
What was the last thing you ate?
-- Candy (Wouldn't be me if it was something else)
Do you believe in love at first sight?
-- I believe people believe that is actually love.
Are you wearing socks right now?
-- I wear socks everyday of my life.
What color is the shirt you're wearing now?
-- Dark blue.
Who was the last person you danced with?
-- If not alone, I just don't dance. And when alone, I'm not sure you can call it "dancing".
Do you dance in your kitchen?
-- If the stereo is loud on the living room, I would do so. If no one else is in the house, of course. And again assuming what I do at those moments can be called "dancing".
When was the last time you ate a cupcake?
-- My sister's birthday party.
Who's birthday party did you last attend?
-- Answered above.
Did you hug/kiss one of your parents today?
-- My dad.
Ever embarrass yourself in front of a crush?
-- Yes, but that's if you ask me. You always think you looked stupid in front of your crush.
Do you tan in the nude?
-- I don't dance in front of people. how would I tan in the nude!?
Wanna go splunking (cave diving)?
-- Kinda late?
If you were president, what's the first law you would pass?
-- The law that says people have to offer candy to the president.
Do you think humans will ever live on other planets?
-- Surely.
THIS OR THAT
Sub or Burger?
-- What's sub? If it?s the Subway sandwiches, I'll have those.
Dogs or Cats?
-- Dogs.
With or without frosting?
-- The dogs, I would rather have without the frosting.
Wheel of Fortune or Price is Right?
-- Price Is Right, because I love the theme song.
Champagne or Wine?
-- Water?
Liquor or Beer?
-- Red bull? Serious, I don't like alcohol and beer makes me want to puke. Because of the flavour and not of the amount I would drink.
Angelina Jolie or Jennifer Aniston?
-- Jenniferlina Annistolie? I don't know.
Aerosmith or The Rolling Stones?
-- None. But they both have a big mouth. How funny!
Lays or Pringles?
-- Pringles.
Dunk'n Donuts or Krispy Kreme?
-- Don't know any (then I shouldn't be answering to surveys found on a weblog from someone from Florida).
Older or younger Significant Other?
-- Mentally equal.
Snapple or Propel?
-- Pringles?
Google or Yahoo?
-- Google! Come on!
Superman or Batman?
-- Batman, but just because I have to choose. The "undies-over-pants" of the DC heroes is a bit repulsive.
The One Favorite...
Girl Name:
-- Zoe
Boy Name:
-- I think I don't know. Guilherme is nice.
Milkshake Flavor :
-- Vanilla. I think.
Ice Cream Dessert :
-- Strawberry Cheesecake
Song To Dance To :
-- System Of A Down's "Violent Pornography", when alone, obviously.
Cookie:
-- Lots of.
Musician/Band:
-- Pearl Jam is to rock music as Radiohead is for alternative as Chopin is for classic. All top 1 favourites.
Room In House:
-- My bedroom.
Soup:
-- Beans.
Sport:
-- Chess.
Joking. Skateboarding is pretty.
Holiday:
-- Any will do. As long as it's not on a weekend.
snack:
-- Candy counts as snack?
Friend:
-- Myself.
What Do You Think Of When You Hear...
Vegetable:
-- Carrots.
Hip-Hop:
-- Black people on MTV.
Funny :
-- Perry Bible Fellowship (seriously, google for that!!)
Pig:
-- A girl slapping a boy while saying "You PIG!"
Country:
-- Portugal.
Ring :
-- TO RULE THEM ALL!
Scissors:
-- Sisters (not because I'm a fan, because I'm not)
String :
-- Violin.
Camel :
-- Smokes.
Blue :
-- "da-ba-dee da-ba-da" Argh, crap.
Soda:
-- Coke?
Peace :
-- Of shit. hehe.
Não sei porque é que me preocupo em arranjar frequentemente algo engraçado para publicar aqui. Teria muito mais efeito consultar o meu counter e colar aqui todos os dias as pesquisas feitas nos googles que cá vieram dar:
Pensando bem, não me preocupo muito em escrever algo engraçado frequentemente.
Recentes googlings que cá vieram dar.
Acho que há pessoas que pensam que o Google tem alguem do outro lado a ler perguntas e a responder.
Ora, quando o Luke encontrou Yoda no planeta Dagobah, este tinha 900 anos, e com 900 anos acabou por morrer quando Luke lá voltou para acabar o seu treino nas artes Jedi. Por sua vez, olhando para Luke, é impossívelnão concluir que ele teria não mais que 20 e qualquer coisa anos.
Conclui-se portanto que, no Episódio III, quando luke nasce, Yoda terá cerca de 870-880 anos (900 menos 20/30).
O que eu não percebo é como é que após 875 anos de vida ainda se está em boa forma suficiente para batalhar com um sabre, dar dezenas de cambalhotas que ricocheteiam nas paredes, usar a força para mover objectos com o peso de carros, mas bastam mais 25 anos para que já seja complicadolevitar um X-Wing, e se acabe finalmente por morrer de velhice. Para uma vida tão longa, o fim é bastante rápido...
Além disso, se no Ep. II conseguiu executar as complicadas acrobacias com as quais confrontou o conde Dooku, porque é que entrou no hangar (onde se deu o confronto) a offegar como um velho humano de 80 anos? E, já agora, porque é que anda de cadeira flutuante no templo Jedi?
Enfim.
Quanto mais vejo o Ep. II, mais gosto de comer cagalhões. Mas as pessoas, todas sem excepção, atraiem-se por ambos os extremos: da beleza e da fealdade. E eu vejo o Ep.II pelo mesmo motivo que reduzo a velocidade para ver os corpos dilacerados pelo aceidente rodoviário. É humilhante até para mim estar perante o uso desnecessário que se faz dos efeitos especiais neste filme. Não só desnecessário, como ineficaz e irreal. E já que são efeitos especiais de merda, mais valia voltarem à época em que o yoda era um fantoche. O facto é que o uso dos efeitos especiais é tanto, que conseguirem transformá-los apenas em "efeitos". A frequência substitui a especialidade.
Sempre que vejo o filme (pelas razões acima apresentadas) acredito mais que após a produção, ninguém viu o filme depois de o enviar para a distribuição. Afinal, a princesa cai de uma nave para o deserto, rebola pela colina abaixo, está deitada a ofegar e a gemer de dores quando um stormtrooper chega ao local, preocupado, e nesse momento levanta-se de repente e dá uma ordem ao soldado. Afinal, caiu ou não caiu de uma nave rebolando depois por uma colina abaixo? Estava ou não a queixar-se de dores?
E nesse nave, que balança pelo céu, como se conseguem todos manter de pé? Afinal, se precisamos de nos equilibrar quando andamos de metro...
Oh podia continuar a enumerar as falhas óbvias a impossibilidades, em numero muito maior do que aquele que conseguimos tolerar num filme. O Anakin a oferecer o braço ao Dooku para ser cortado, a péssima representação em demasiados diálogos...
Argh.
Uma vez fui a um concerto e quando acabou, encontrei umas chaves no chão. Eram as chaves de um carro. Apanhei-as e durante 26 dias passeei (?) entre 10 e 16 horas por dia pelo bairro onde o concerto se deu, registando num bloco todos os movimentos de carros que estacionavam e saiam do seu lugar nesse bairro. Anotava as matriculas destes e dos que ficavam prolongadamente no mesmo sitio. Ao fim desse mês, dois carros nunca tinham saído do sitio. Experimentei a chave no primeiro e funcionou. Foi assim que consegui ter carro. Até hoje ninguém me veio perguntar nada.
A minha lista de contactos do messenger, como sempre, dá-me vómitos.
Neste momento, está cheio de mensagens quase publicitárias com os sítios para onde cada uma das pessoas vai ou veio de férias. Pelo meio, as clássicas declarações de amor. Não sei desde quando o messenger se tornou um meio romântico de mostrar amor. Antigamente escreviam-se cartas e compravam-se flores. Agora mete-se no sub-nick (aquele em itálico) do messenger. Suponho que amor verdadeiro seja aquele que se poe mesmo no nick principal. E quando se tem uma foto do nosso significant other então, é casamento.
Dá-me vómitos.
E a moda nova, agora, apercebo-me, é escrever com pontos/apostrofos/asteriscos/nada em vez dos ífens. Ou seja "amo.te" ou "amu-te" ou "amo*te" ou "amote" ou "amo'te". Qual é a necessidade? De onde vem esta urgência juvenil em ser original e fazer as coisas diferentes!? E fazê-las diferentes em campos que não interessam para nada!
É verdade, eu ando às turras com este tema da auto-expressão que é mais tornarmo-nos espaço publicitário de características não-essenciais de nós próprios. Deixamos que falem por nós coisas que se prendem a uma superficie da nossa pessoa, e tudo me leva a crer que quanto mais as pessoas explodem em tais superficialidades (gosto musical, roupa que vestem, telemovel) e quanto mais se deixam definir por elas, menos são capazes de encontrar algo de realmente central e essencial nelas próprias. Resumindo: quando mais explodem, mais vazias são.
Desculpem se ofendo, mas isto afigura-se-me cada vez mais verdade. Não deve haver nada pior que reconhecer que somos superficiais e não temos nada cá dentro além de detalhes inimportantes (palavra inventada?). Ou reconhecer insconscientemente, pelo menos. Ou pelo menos procurar inconscientemente e, inconscientemente, nada encontrar. Porque se estivéssemos seguros do que somos, não passaríamos a vida a tentar prová-lo aos olhos de outros que nem nos conhecem, e dos quais não devíamos procurar aprovação. Porque, para mim, é por isso que colamos o noma da banda preferida na parte de trás da eastpack - para que outros nos aprovem.
Uma pessoa pode ser tanto mais que essas merdices. A felicidade e a plenitude não estão no telemóvel, nem no bronze fashion de verão, nem no boné da marca. E claro que toda a gente dirá, face a isto, "Oh claro que não, mas isso é óbvio" mas a verdade é que continuam a venerar estas coisas como se elas fossem a resposta. É normal, pois é essa a filosofia que nos circunda. É essa a mensagem que nos rodeia por todo o lado. Eventualmente, acaba por nos ser introduzida na mente e passamos a acreditar nela. De facto, a maneira como esta mensagem é passada é ridícula, baixa e indecente. Se virmos um anuncio a um produto fashion dirigido a jovens, mas se VIRMOS mesmo o anuncio em vez de deixá-lo atravessar passivamente a nossa vista (que é o que se faz quando se vê TV), percebemos que se trata apenas de um monte de técnicas rascas para nos fazer pensar algo que dará muito dinheiro a alguém. O modo como nos convencem que certas coisas (materials, mostly) são importantes na vida é, na verdade, muito óbvio e rasco. Nem sequer são maneiras elaboradas de enganar o nosso intelecto. Mas a quantidade é tanta, mas tanta tanta tanta, que eventualmente tem efeito.
Claro que não precisamos do telemóvel 3G. Mas, de acordo com a TMN, ter um telemovel daqueles que eles vendem, é ter uma vida cheia de experiências únicas e emocionantes em que descobrimos o significado da existência e nos tornamos unos com o universo. Acham que estou a exagerar? Vejam os anúncios. VEJAM os anuncios.
E se ainda não acreditarem, pensem nos morangos com açucar. Não vou relatar tudo o que acho detestável nessa série porque, além de não me calar, muitos outros fizeram-no com argumentos de merda e por mais que eu ache que os argumentos que tenho sejam legítimos, já estamos todos fartos de ouvir falar mal dos morangos. Tive a minha hipótese quando isso ainda era da moda e fiquei calado. Paciência, vejam com atenção, deve chegar.
Enfim, mas de volta ao messenger. Como disse, um nickname tornou-se um espaço publicitário para a nossa própria pessoa. Uma frase que podemos mostrar aos outros quando, no fundo, os outros não querem realmente saber de nós. E quando querem, é só aparência (ok se acreditam em real amizade já sei que discordam, e bom para vocês).
Portanto olho para a minha lista de contactos e revolto-me porque vejo a minha geração a ficar aquém do que podia ser. Vejo-nos perdidos em idiotices e detalhes menores que não são aquilo onde a vida realmente se define.
É arriscado falar assim dos limites onde a vida se define. Porque provavelmente não sei exactamente quais são todos eles. Contento-me, porém, ao reparar que sei que não é o meu telemóvel, o meu boné, o meu bronzeado, a música que ouço, a minha roupa, nem deixar que toda a gente veja o quanto amo a minha companheira. Não que seja inocente: reconheço o impulso que motiva tais públicas declarações e não lhe fui sempre alheio. Mas aprendi a amar para mim mesmo e para o outro e, uau, acabou por ser bastante suficiente! É uma lição, I guess.
Ou talvez esteja a dizer merda desde o principio...
Não me cabe a mim decidir, certo? O que é merda para uns podem ser verdades absolutas para outros.