Ora, quando o Luke encontrou Yoda no planeta Dagobah, este tinha 900 anos, e com 900 anos acabou por morrer quando Luke lá voltou para acabar o seu treino nas artes Jedi. Por sua vez, olhando para Luke, é impossívelnão concluir que ele teria não mais que 20 e qualquer coisa anos.
Conclui-se portanto que, no Episódio III, quando luke nasce, Yoda terá cerca de 870-880 anos (900 menos 20/30).
O que eu não percebo é como é que após 875 anos de vida ainda se está em boa forma suficiente para batalhar com um sabre, dar dezenas de cambalhotas que ricocheteiam nas paredes, usar a força para mover objectos com o peso de carros, mas bastam mais 25 anos para que já seja complicadolevitar um X-Wing, e se acabe finalmente por morrer de velhice. Para uma vida tão longa, o fim é bastante rápido...
Além disso, se no Ep. II conseguiu executar as complicadas acrobacias com as quais confrontou o conde Dooku, porque é que entrou no hangar (onde se deu o confronto) a offegar como um velho humano de 80 anos? E, já agora, porque é que anda de cadeira flutuante no templo Jedi?
Enfim.
Quanto mais vejo o Ep. II, mais gosto de comer cagalhões. Mas as pessoas, todas sem excepção, atraiem-se por ambos os extremos: da beleza e da fealdade. E eu vejo o Ep.II pelo mesmo motivo que reduzo a velocidade para ver os corpos dilacerados pelo aceidente rodoviário. É humilhante até para mim estar perante o uso desnecessário que se faz dos efeitos especiais neste filme. Não só desnecessário, como ineficaz e irreal. E já que são efeitos especiais de merda, mais valia voltarem à época em que o yoda era um fantoche. O facto é que o uso dos efeitos especiais é tanto, que conseguirem transformá-los apenas em "efeitos". A frequência substitui a especialidade.
Sempre que vejo o filme (pelas razões acima apresentadas) acredito mais que após a produção, ninguém viu o filme depois de o enviar para a distribuição. Afinal, a princesa cai de uma nave para o deserto, rebola pela colina abaixo, está deitada a ofegar e a gemer de dores quando um stormtrooper chega ao local, preocupado, e nesse momento levanta-se de repente e dá uma ordem ao soldado. Afinal, caiu ou não caiu de uma nave rebolando depois por uma colina abaixo? Estava ou não a queixar-se de dores?
E nesse nave, que balança pelo céu, como se conseguem todos manter de pé? Afinal, se precisamos de nos equilibrar quando andamos de metro...
Oh podia continuar a enumerar as falhas óbvias a impossibilidades, em numero muito maior do que aquele que conseguimos tolerar num filme. O Anakin a oferecer o braço ao Dooku para ser cortado, a péssima representação em demasiados diálogos...
Argh.