Adoro quando a selecção joga. É a única altura em que o Jumbo está vazio, em que não há fila nos correios, em que não há carros na estrada...
Ok, além de ter actualizado
este, tenho um blog novo. Cliquem
aqui e vão lá dizer-me o quanto ter um blog é uma questão de auto-afirmação, sff.
Falando nisso, há umas vertentes desse tema que ainda não me esqueci que quero aprofundar... tomorrow, tomorrow... ou para a semana, quem sabe.
Vida incerta
Vida incerta
às vezes à larga
às vezes "àperta".
Eish,
como este poema me saiu assim do nada! Brutal não foi?
Foi lindo.
Nesse site fiz um teste para ver como seria a mulher ideal para mim.
Segue-se o resultado:
Your type is the hippie chick
The '60s are over, but you're still searching for that "peace and love" legacy in your ideal woman. Your hippie chick feels most comfortable in flowing skirts and sandals and wears her hair long and loose. She'll take you with her on a pilgrimage to Glastonbury and make you wear flowers in your hair - and you'll love every minute of it. She's all about organic foods and campaigns for the causes she believes in. You want a woman who is genuine, unpretentious, and exudes "flower-power". You admire your love child's free spirit and big heart. All in all, she's got just the right mix of idealism and social conscience to keep you on your toes - and in her arms.
Bem, nunca na vida li tamanho
sack of steaming crap num teste online. Se
social conscience é realmente um requisito, o "flower-power" e o
flowing skirts são um
turn-off do caralho.
Porém, de acordo com o publicitado, este é o "The world's leading self-discovery site".
Odeio publicidade.
E
odeio aquelas sandálias hippies.
Auto-afirmação, não sei porquê, tornou-se uma febre. Uma condição do existir hoje em dia. Tornou-se uma auto-imposição de nós próprios. Temos sempre que estar a derramar-nos para cima de toda a gente, a vomitar-nos na cara dos outros, senão já não nos sentimos bem.
Infelizmente, temos uma ideia completamente errada do que são as coisas que nos representam. Pensamos que nos definimos por beber e fumar, por ouvir banda X e Y.
A música é uma das principais coisas que gostamos de pensar que nos definem. Hoje em dia, cada banda ou estilo de música funciona como uma listagem de valores ou um sistem de atitudes ao qual subscrevemos, com a qual assinamos um contrato que diz que determinado estilo musical nos representa totalmente. Ao estamparmos um monte de bandas Hardcore na bolsa da mochila e nas t-shirts que usamos, estamos a deixar (por vontade própria) que estas bandas falem por nós, que nos definam e sejam os nossos embaixadores.
Perguntem a alguém: "Fala-me de ti" e alguém começará assim: "Curto Green Day, Slipknot, etc etc".
Eu não acredito que isto defina alguém, mas essa não parece ser a crença comum, porque a música é um dos factores mais considerados no que diz respeito ao traçar da nossa personalidade. Basta vermos um dos milhões de
profiles de cada pessoa que conhecemos que andam na net.
Estes profiles merecem um parágrafo só para si, porque são uma das maiores evidências da preocupação maioritariamente juvenil em se auto-afirmar acima de tudo. Falo nomeadamente de Hi5, MySpace, Orkut, entre outros que, diferindo num ou noutro detalhe (o MySpace permite ter uma música a tocar, o ZEBO tem um sistema de classificação de amigos que, de acordo com o publicitado, nos permite ver quem é realmente nosso amigo), oferecem todos o mesmo - a oportunidade de falarmos de nós, das coisas que gostamos ou não, da música que ouvimos (porque, lá está, achamos que isso nos define), uma oportunidade de pormos fotografias de nós próprios para que outros possam ver o quanto bem ficámos naquele ou no outro momento.
Estes sites vendem, no fundo, a oportunidade de exercitarmos exibicionismo. A oportunidade para expandir o nosso
eu para cima dos outros - uma actividade prioritária na sociedade de hoje.
Justificado por imensos motivos, isto acontece não só por julgarmos que são estas as coisas que nos definem, mas por vivermos sob a convicção (imposta) de que se não nos expressarmos, não existimos. E serão estranhos aqueles que encontrarem uma maneira de ser que não signifique forçar a sua imagem aos olhos dos outros, que não implique uma explosão barulhenta das bandas que goste ou das opiniões sobre tudo.
Pior que este fenómeno de auto-afirmação imperativa, é o fenómeno de onde este primeiro advém: a falsa impressão de superioridade.
Deixo-o para mais tarde. Agora tenho que ir criar um filtro no GMail para a palavra ZEBO.
... deve ser aquecer um copo de leite, depois ir mijar à WC antes de beber o leite, e enquanto isso, uma barata entra no copo e deixa lá ovos. E depois bebemos e as baratas nascem-nos no esófago.
Isso sim, deve ser fodido!
Qual guerra, qual quê.
Digam lá o que disserem, se trazes um computador portátil para a zona wireless da tua escola exclusivamente para ir ao hi5 ou fazer upload de fotos para o teu fotoblog... és alguém
MUITO ESTÚPIDO.