Há uma coisa que não sinto: aquela fragmentação da nossa vida em anos. Também não tenho sensibilidade nos mamilos e não sinto nada lá além de pressão. Mas como foi passagem de ano vou falar da primeira coisa, aquilo da fragmentação da nossa vida em anos. Se bem que sei que estão mortinhos para ouvir falar dos meus mamilos.
Já estou um bocado atrasado. No sexto dia de Janeiro ninguém se interessa por conversas sobre o ano novo e a passagem para o mesmo. Há aquela excitação 3 dias antes, em que se fala nos (foto)blogues sobre o ano que passou, as pessoas que conheceram e que são invariavelmente o motivo para o ano ter sido excelente porque conhecemos sempre pessoas fantásticas e a nossa faculdade é o máximo e o nosso curso é o melhor. Ás vezes fala-se indirectamente daquele desgosto amoroso e das pessoas que nos desiludiram, e refere-se frequentemente tudo isso sob o termo "aprendi muito este ano".
Depois há a passagem, e um ou dois dias depois aparecem as fotos do pessoal a divertir-se na casa de alguém, roupa fashion, maquilhagem, sorrisos, garrafas na mão, mão no ar. E depois vêm descrições sobre como foi astronomicamente espectacular, absurdamente divertido, foi "lindo mm" e etc. Aquela descrição que não se prolonga porque "quem lá esteve sabe como foi". Ou seja, foi aquele tipo de "mesmo bom" que é indiscritível. É sempre. Mas eu suspeito que seja um bocado como as viagens de finalistas. Geralmente não são ASSIM TÃO BOAS como se descreve.
Same goes for praxes e outros eventos. Com excepções, claro.
Depois desaparece tudo. Vida normal. Já ninguém quer saber da passagem de ano, e já não faz ninguém reagir quando se escreve sobre isso no dia 6 de Janeiro. Ou, como o meu computador me indica, 26 de Abril. Espero não ter dormido assim tanto.
Com isto tudo esqueci-me do que queria falar em relação ao fim de ano, exactamente.
Ah, já sei, os meus mamilos!
Pois é, sabem aquela brincadeira máscula de apertar os mamilos aos amigos? E eles contorcem-se todos e depois vingam-se quando menos esperamos? Hehe, sou o rei. Não me dói nada.
Para além deste interessantíssimo facto, há ainda aquilo de não sentir aquela fragmentação em anos que fazemos da nossa vida. Parece que vivo num contínuo, um ano gigante que dura a minha vida toda. As estatísticas que apresentei no post anterior, são o máximo de retrospecção que faço - mais não me convém. 10 minutos para pensar em tudo o que se passou em 365 dias, exceptuando tudo o que não me sai da cabeça todos os dias, claro. E que vai continuar a martelar a minha cabeça como se tivesse sido ontem - lá está, um ano contínuo que dura toda a minha vida.
Hum. Ia despejar aqui uma série de coisas de seguida, umas coisas sobre as quais queria falar mas não anotei em lado nenhum para mais tarde não me esquecer.