Nestes dias, como Cheerios pela manhã. Olho fixamente para a tigela inúmeras vezes.
Tenho sempre problemas em medir as quantidades de cereais e de leite. Primeiro despejo cereais na tigela e só depois o leite (penso que me dá uma maior impressão de abundância, talvez por se aproximar mais das imagens na caixa dos cereais do que se pusesse primeiro o leite e depois os cereais). E sei que quando os cereais, as pequenas argolas, começam a boiar, é boa altura para parar de despejar o leite. Nunca percebo bem porquê, mas às vezes fico com leite demais. As argolas boiam demais. Cereais demais, acontece menos.
Se não estiver muito distraído, cada colherada levará sensivelmente mais leite que cereais. Tudo em proporção, claro. Assim as quantidades na tigela aproximar-se-ão progressivamente de um eqilíbrio entre leite e argolas. Mas às vezes estou com a cabeça noutro lado ou estou a ler um rótulo qualquer (gosto de fazer isso enquanto tomo o pequeno almoço) e não me preocupo com proporções. Invariavelmente, fico com bastante mais leite que argolas. De facto, sobram algumas argolas que boiam de um lado para o outro em quase meia tigela de leite.
Gostava de escrever uma fórmula para o movimento das argolas. Há uma espécie de atracção entre elas. Quando se tocam, ficam coladas. Para as descolar, tenho que fazer uma ondulação precisa no leite com a colher. Assemelha-se ao efeito fotoeléctrico de remover electrões do átomo. E já tinha reparado nisto antes, mas com cereais Nesquik. A grande diferença é que os Nesquik, como o Chocapic, deixam chocolate no fundo dos dentes e isso suja a escova de dentes e isso é um problema porque depois não sabemos se estamos a lavar ou a re-sujar os dentes.
Bem, enfim.