Estava a pensar em, calmamente, tentar referir todos os vectores importantes do festival sudoeste. Mas depois li uns quantos blogues e photoblogs (essa praga) que falavam da sua experiência no dito evento e apercebi-me que me estou completamente a cagar para o que os outros viveram lá. Se viveram a experiência da vida deles, se foi a melhor semana do verão, se "curtiram bué dos concertos", muito sinceramente, no one cares (sim, com a melodia de Quee-na-na-stonage - ta ta-na-nam, ta ta-na-nam).Inverti a situação, imaginei que o mesmo aconteceria se eu viesse aqui dissertar sobre a minha apreciação pessoal do festival. Então cortei tudo o que tinha para dizer, à excepção de meia dúzia de frases que, não repetindo tudo o que foi dito por aí, achei relevantes:
- Não percebi o objectivo do palco Positive Vibes. Sempre que lá passei, estava lá a mesma banda, a tocar sempre a mesma música, incessantemente, durante os quatro dias. Ou isso, ou eram várias bandas reggae.
- Arrependi-me muito de não ter levado a máquina fotográfica. Se me interessam pouco as fotografias dos artistas, certas sanitas eram claramente obras com intenção que mereciam o registo. Composições como as que vi, nas leis do nosso universo, nunca poderiam ser obra do acaso. Perdoem-me a rigidez na opinião, mas ninguém consegue defecar de modo a sujar as paredes sem querer.
- Era pré-Humanos: o Camané cantava fado e era foleiro. Era pós-Humanos: Camané é um herói. Com o hit Maria Albertina, consegue o primeiro mosh da sua vida.
- Dizem que só em total liberdade o ser humano pode mostrar e viver o seu verdadeiro "eu". Ou seja, a juventude de hoje resume-se a: ganzas, álcool, engates, ganzas, jambés tocados sob o efeito de ganzas, e ganzas fumadas em estado alterado pelo álcool. Porque, livres das restrições parentais, sociais, escolares, não sabem fazer mais nada.
- Oasis foi o pior concerto da minha vida.
- Devia haver um festival de música clássica. Claro que para o tipo de público interessado nisto, acampar estaria fora de questão. Portanto resumir-se-ia a um conjunto de concertos no CCB ou assim, durante uma série de dias. Por mim não seria mau. O que tem isto a ver com o festival desta semana? Bom, é wishfull thinking, por ter perdido o concerto de Domingos António graças a pura ignorância. Teria sido, provavelmente, um dos meus momentos mais interessante de todos os espectáculos, juntamente com Kasabian e Maxïmo Park.
(Maxïmo Park)
(Sim, o último ponto devia ser o 6. mas não sou deus, e não posso controlar o estranho sistema de numeração do blogger com a minha vontade)