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quinta-feira, maio 05, 2005

 

Manifesto Anti-Apartheid (beats me...)

Hoje passei a aula de Análise Social Escrita Creativa a escrever um conto/jogo com O SÉRGIO (não sabem quem é mas ele odiou o anonimato da expressão "este gajo" de modo que vim aqui por o nome dele). É coisa velha, todos conhecem, o primeiro escreve umas cinco linhas e depois dobra a folha de modo a que só se veja a última linha. Partindo dessa linha visível, o outro escreve mais cinco linhas imaginando o que quer, e volta a fazer o procedimento da folha (5 ou mais ou menos linhas...). No fim sai qualquer coisa de engraçado, se estiverem em jogo duas pessoas com o mínimo de imaginação. Isto foi o que saiu da minha aula de Análise Social Escrita Creativa (que é a aula que tenho logo após a aula de Economia Chinês).
Para facilitar, o que ele escreveu aparece em cor de vinho tinto, e as frases visíveis a itálico.

Ao chegar ao quarto, a porta arrombada era só por si um indício de qualquer evento incomum. O cenário que o esperava lá dentro, ele já o conhecia: um corpo nu, género feminino, coberto de cortes. Marcas de estrangulamento e um lençol ensanguentado.
Foi então que a mãe do João entrou na sala. Reparou nas marcas e assustou-se.
- Que aconteceu? - Perguntou ela.
- Só quero ir para casa da Joana tocar piano.
E então ele premiu o gatilho. O projéctil atravessou-lhe o crânio e saiu pela nuca, arrastando consigo pedaços de cérebro viscosos, que cortaram o ar numa fracção de segundo.
- Sua puta! - Disse ainda. A sua raiva era tanta que até insultava o cadáver.
Um barulho alertou-o. Virou-se e viu um vizinho que, ao passar pela porta deixada aberta, vira tudo e gritava "POLICIA!!". Tinha que agir rápido. Saltou pela janela e, entre vidro estilhaçado, accionou os retropropulsores e voou de volta para a nave.
- João! - Chamou a mãe - Não te esqueças dos chinelos!
-Estão nas minhas gavetas.
E a nave voou para longe, a uma velocidade de anos-luz.
A mãe chorou a partida do filho. Debruçou-se sobre o banco no quintal e chorou, de joelhos, na relva. De súbito uma luz intensa surgiu por trás da casa, do outro lado. Ela correu em sua direcção, algo havia aterrado no seu quintal. Era uma enorme nave em forma de pénis, o que era provavelmente mais um dos estranhos caprichos da sua esposa. Os amigos tinham-no avisado inúmeras vezes: "Divorcia-te dela pá! É maluca! Olha bem para a tua figura!" E tinham razão. Desde que se casara com ela que se submetia aos caprichos mais ridículos. Antes da nave de forma fálica, usara no emprego um chapéu em forma de vagina descaradamente aberta, e ficou conhecido como "Coninhas" desde então.
É um meio dia aceso, na iluminada parte oriental da cidade de Konasberg.
- Estes chapéus aqui, são muito balatos - grunhiu o transformista luso-japonês brandindo um chapéu em forma de vagina em frente à cara de um freguês - Góto muito destes malavilhosos chapéus.
- Isso tem direitos de autor - exclamou alguém do outro lado da rua. Era o Coninhas. E agora, ele era uma mulher.
- Direitos de autor? O que é que quer dizer com isso?
- Isso que você fez aí! Lamento mas terá que pagar.
Espantado, respondeu:
- Mas, minha senhoram acabei de fazer um cagalhão na relva. Como pode isso ter direitos de autor?
Ela, Coninhas, subitamente séria, aproxima-se com passos lentos e diz com uma gravidade mórbida:
- Você não sabe? Fomos invadidos por bactérias alienígenas que habitam o ar que respiramos, e quando reagem com merda humana libertam uma toxina imediatamente mortal!
Dito isto, ambos caíram no chão. Inertes, mortos.
E deste maravilhoso conto que presenciei, tiram-se as mais variadas elações. Sexo, crime e perversão inundam todas e quaisquer perspectivas moralistas que poderiam tentar analisar esta história. Mas a única mensagem que se pode tirar disto tudo é: os anões gostam de mulheres mais baixas.

- F I M -

Comentários:
lol
 
Brilhante, foda-se! =)
 
LOL Oh my fucking god! Nao se deve aprender nada cm vocÊs :P

( Ainda t lembras de mim?! 8-) )

*Kiss*
 
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