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terça-feira, dezembro 14, 2004

 

O azar de ser português.

Ontem evitei toda a noite pensar no assunto para não me angustiar.
Repito: gostava de nunca dizer asneiras, mas os polícias que temos são uns filhos da puta! "Proteger o cidadão", claro. Ainda se armam em snobs a passar multas aos carros mal estacionados e a quem conduz sem cinto enquanto abandonam as zonas mais mal povoadas da cidade. Zonas estas que geralmente são parques, zonas que, como dizia no artigo do correio da manhã referido ontem, as pessoas são obrigadas a evitar cada vez mais.
Podiam preocupar-se mais com as coisas graves em vez da merda do cinto de segurança... pelo menos, quando não uso cinto, estou a arriscar a minha própria vida e não a dos outros. Com a irresponsabilidade dos outros posso eu bem, preferia sentir-me seguro a atravessar caminhos que perco tempo todos os dias a contornar.
Enfim, são uns cabrões. E um dia diz-me um deles: "Pois, mas é um polícia para cada bairro, não podemos estar em todo o lado...". Isto dá vontade de lhe enfiar uma colher pelos olhos... foi algures neste último verão que o Diário de Notícias publicou uma notícia (de capa) revelando que metade dos polícias portugueses ficavam enfiados nas esquadras. E aquele estúpido diz-me que há um por bairro como se estivessem a dar o litro para conseguir isso.
Registe-se: o parque do Bonfim nem sequer é das zonas piores. Quer dizer, agora já não consigo dizer, obviamente.
Isto tudo revolta-me, como está claro, mas infelizmente já nem me espanta. Nem a mim nem a ninguém. Nada funciona neste país - educação, saúde, justiça, e a autoridade não escapa à regra. Até desligo a TV quando vem aquela merda de anúncio com uma voz off a falar uma língua estrangeira qualquer que relata o país maravilhoso que é Portugal e o quanto é bom descobrir o seu valor. É que realmente temos um país fantástico do ponto de vista do turista. Enquanto eles se divertem a fotografar os castelos e a estúpida da maior árvore de natal da Europa, nós andamos aqui feitos patos a deixar que uma dirigência inteira de imcompetentes e um povo preguiçoso e imoral (sim porque isto não é só culpa dos políticos) nos estrague as ruas, os transportes públicos, os nossos bens pessoais, as nossas noites, os nossos dias, as nossas vidas.

Não há maneira de acabar estes textos. Há uma infinidade de perspectivas diferentes daquilo que sinto e podia falar deles a noite inteira.

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