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segunda-feira, novembro 29, 2004

 

Deviam estar a fazer a árvore de natal.

Às 10:30 da manhã de hoje, os meus vizinhos de cima ouviam bem alto "I'm Dreaming Of A White Christmas".
E eu imagino-os alegres, juntos a decorarem a àrvore, o cãozinho a saltitar-lhes entre as pernas soltando latidos alegres (aos quais os donos respondem com um sorriso e uma festinha, às vezes um elogio). Os pais, os filhos e avó (não consigo criar um quadro verdadeiramente natalício sem um avô falecido, sorry!), todos a ajudarem na arrumação do salão, nos enfeites, simpáticos e cooperativos, esquecidos das coisas insuportáveis que aguentam todos os dias na vivênvia conjunta quotidiana do resto do ano. Todos com um bom humor realmente influenciado pelo ambiente e pela música.
É que há gente que vibra mesmo com isto...

domingo, novembro 28, 2004

 

Gostava de nunca ter que dizer asneiras. É que nem sempre é uma questão de escolha!

sexta-feira, novembro 26, 2004

 

Hoje sinto-me muito procelariforme. E ligeiramente entomófago, também
Não sei o que nenhuma das palavras quer dizer portanto aplicam-se perfeitamente.

quinta-feira, novembro 25, 2004

 

Natal

25 de Novembro, um mês para o natal, não tenho uma única prenda comprada ou pensada.
Felizmente, o natal é quando um homem quiser, portanto dá-me jeito que o meu seja em Agosto do ano que vem.

terça-feira, novembro 23, 2004

 

Sobre egoísmo e falta de respeito

A falta de respeito, embora muitas vezes não intencional, acontece, e quase sempre como fruto da insconsciência de estarmos a magoar o outro. Manifesta-se em coisas extremamente pequenas, egoísmo na sua forma mais leve e inerte, como sermos o centro do universo mas com uma rotação tão lenta que... toda a gente se habitua.
A base da falta de respeito (não só a nível quotidiano) é a ausência da capacidade de funcionar um pouco à base de simetria ou de espelho, ou seja, pensar que do outro lado das nossas conexões está alguém que, tal como eu, é consciente e pensa e sente. Alguém que se sente tão individual quanto eu. Alguém que, tal como eu, se quer impor, e tal como eu, tem direito a isso. Portanto tem que ser equilibrado - todos se impõem e todos se sacrificam.
Claro que isto é um pensamento de certo modo bidireccional. Não só devo pensar que o outro é igual a mim, como deve exigir que ele penso o mesmo. O problema é que geralmente só se exige dos outros que assumam igualdade, quando nós próprios não o assumimos.
Mas a falta de respeito é como tudo: cresce enquanto tiver espaço para isso, enquanto lhe for dado espaço de manobra para tal. Sendo eu o centro do universo, posso faze-lo rodar em torno da minha pessoa muito lentamente, um nível de egoísmo tolerável que se infiltra no dia-a-dia. Depois posso ir acelerando a rotação, esticar a linha que define o aceitável do inaceitável, expandir cada vez mais o meu egoísmo.

Não sei como acabar isto portanto fica assim.

segunda-feira, novembro 22, 2004

 

AAAAHHHHH!!!

CARALHO! FODA-SE!

domingo, novembro 21, 2004

 

É de ar, sapato encrustado.

Dá se para tu no papagaio, amarelo no nariz mas cinco. O ontem de tu abrir em cheiro e vida pilha, que Londres vegetal se faz redondo - não! Horizontal é dois entre tampa, se um pato ou dor odor. Sagrado coxo.


Hoje estou nonsense. Não me preocupo mais em evitar estar seja como for.

sábado, novembro 20, 2004

 

Doi-me um pulso e acho que foi qualquer coisa que comi. Pode soar estranho, mas os meus bifes são mesmo dificeis de cortar.

sexta-feira, novembro 19, 2004

 

Espero que amanhã esteja um dia de sol.
(e já agora com pouco frio)

quinta-feira, novembro 18, 2004

 

Eu quero

Desejo a todos um feliz natal.


Não estou a sugerir nada mas dia 30 de Novembro a fnac dá descontos de 10% das 10 da manhã às 3 da manhã aos aderentes. Naquele iPod incluído.

quarta-feira, novembro 17, 2004

 

O Dinheiro Ou A Vida - Uma peça portuguesa (sim porque agora está na moda a fórmula "TÍTULO - Um(a) SUBSTANTIVO Português(a)"

Todos os dias, depois de 51 minutos de comboio mais 6 ou 7 de metro, atravesso a zona de Benfica, em Lisboa, completamente alerta. Os assaltos são fenómenos frequentes naquela zona. Ao fim do dia, no anoitecer recente, redobro a atenção: regulares rotações de 360 graus para manter um controle sempre actualizado do movimento à minha volta.
Hoje, um dia normal, fiz o mesmo percurso, a mesma atenção e a mesma tensão. Atravessei o bairro sem problemas, 7 minutos de metro, 51 minutos de comboio, e chego a casa para reparar que me roubaram a roupa do estendal.
Sim, porque não basta estar todos os dias exposto numa zona onde há assaltos todas as semanas, à porta da escola se for preciso (e digo isto porque aconteceu). Não, tem de haver uns seres humanos merdosos que me venham roubar a roupa do meu estendal! E não vou ver o telejornal, porque já sei que alguém foi assassinado.

Agora imaginemos que vou ali à loja de animais e compro um gato ou um cão ou um koala. E depois chego a casa e espanco-o. Melhor: faço-o na rua à frente de toda a gente. Atiro com o animal contra um poste vezes sem conta e depois atropelo-o. E ninguém me impede porque um animal não constitui personalidade jurídica e, aos olhos da lei, enquanto o animal for legitimamente meu, não estou a cometer qualquer crime. Um cão que nunca me roubou 3 pares de jeans e duas sweatshrits do estendal. Ou um gato que nunca me tenha apontado uma faca para me ficar com o telemóvel e uns trocos.

Bom, mas ao mesmo tempo que eu me lamento mais pelo estado do mundo que pela roupa, a minha irmã mais velha, que vive na Alemanha, está a trabalhar enquanto o carteiro lhe leva uma encomenda grande demais para caber no rectângulo por onde as cartas entram. Dado isto, o carteiro deixa-a à porta do prédio. Exactamente, à porta do prédio onde toda a gente passa, à porta do prédio que é o mesmo que dizer no meio da rua. Algum tempo depois, a minha irmã sai do trabalho e vai jantar com uns amigos. Aproveita para ir sair com eles e quando já é noite avançada, decide passar a noite em casa de uma amiga, onde acaba por passar dois dias. No fim desses dois dias, volta a casa e, à porta do prédio, no meio da rua onde toda a gente passa, está uma embalagem que não coube na caixa do correio. Uma encomenda intocada. Até tem pó. E isso não é tudo: olha para o lado e repara que deixou a bicicleta nova em folha sem cadeado durante aqueles dois dias. (Mais uma vez, factos verídicos). Enquanto isto acontece, aqui em Portugal roubam-me a roupa da corda.

Caralho pá!

Depois perguntam-me porque é que não pus a bandeirinha nas semanas do Euro 2004. Sim, força Portugal! Rouba aí uns nokias topo de gama aos espanhóis! E uns rins às crianças inglesas, também!

Caralho² pá!

 

Instante

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Agora mesmo.

terça-feira, novembro 16, 2004

 

Msn Mssngr

Isto é o jovem actual representado nos emoticons do Msn Messenger:

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Não vale a pena procurarem aquele vómito fantástico no menu dos emoticons... é home made.

segunda-feira, novembro 15, 2004

 

Zero

Porque é que zero é plural?

domingo, novembro 14, 2004

 

Bolas, não sei o que dizer.
Ontem fui ver o Cats.
Ah, e Rufus Wainwright. --- (frase adicionada).

sábado, novembro 13, 2004

 

"Pareces um tipo XYZ..."

Aí está uma maneira errada de começar uma frase dirigida a mim. "Pareces o tipo de pessoa que...". Eu não sou nenhum tipo de pessoa portanto, acabe como acabar, a frase não se aplica. Pior: é geralmente um elogio - definitivamente ilusão de quem a diz (até porque quem a diz mal me conhece, o que não é um patamar confortável para elogiar). Concluindo, a frase devia resumir-se ao "Pareces" para evitar dissonâncias com o comportamento posteriormente observado.

sexta-feira, novembro 12, 2004

 

De manhã tenho cara de amendoim.

quinta-feira, novembro 11, 2004

 

O Código da Vinci

(Desta vez não é o Código David Lynch)

Eu li. E por isto há um grupo de pessoas que falam comigo sobre o livro, que concordam comigo que é bom e vale a pena ler. Ao mesmo tempo, há um grupo aproximadamente igual de pessoas que me vão bater com tacos de golf (provavelmente da SportZone) e depois passar por cima do meu maxilar com o pneu de um Renault Scénic ou um Wolkswagen Polo. E com o carro montado no pneu e tudo.
Isto porque há uma legião de leitores que decidiu que o Código da Vinci não era digno de ser lido. Estes leitores não são más pessoas, eu dou-me perfeitamente bem com alguns. Bom alguns são más pessoas mas não é por não lerem o livro.
Portanto este post não é uma crítica. Só quero dizer que acho que esses leitores estão errados, que deviam pensar um pouco, e que não percebo quando vejo comentários como "tenho coisas mais importantes para fazer que ler o Código". Afinal, se não o leram, como conseguem situá-lo na escola do bom e do mau? E sendo assim, como conseguem situá-lo acima ou abaixo do resto das coisas que têm para fazer, na escala do bom (ou mau)?
Bom, nestes casos o único dado que se tem do livro é o facto de toda a gente ler. E se é assim que se classifica algo como mau... bom: usar meias é mau. Portanto quem não quer ler o Código da Vinci que faça o favor de andar nú. E de não comer, já agora. É que toda a gente faz isso e, por amor de Deus, é mesmo foleiro1.



Notas:
1 Ironia.

 

Muito nobre:

Gosto mais de dar que de receber... estalos.
E peidos.

 

Hoje não teria a coragem para bater num cão. Mas...

Hoje é um daqueles dias em que me apetecia ter um cão.
Não sei se para me fazer companhia, se para lhe bater.

Escrevi isto há muito tempo atrás (talvez anos?). Desde então só hoje reli esta ideia.
Engraçado como algumas coisas se mantêm actuais.

quarta-feira, novembro 10, 2004

 

Que sera, sera. Whatever will be, will be

João era uma espécie de profeta. Os seus sonhos eram premonitórios, anunciavam a realidade do dia seguinte. Certa noite, João sonhou que era assaltado no caminho para o emprego. Tendo espreitado este futuro durante a noite, decidiu tomar todas as precauções durante o dia para evitar um desenlace que o conduzisse tão desagradavelmente à perda dos seus bens pessoais. Ao sair de casa tinha na mente uma questão: «Se conseguir evitar ser assaltado, provando que o futuro é exclusivamente fruto das nossas escolhas, não estarei a derrubar pela base conceitos como "profeta" e "previsão"?». Então teve de escolher entre declarar-se uma fraude como profeta ou aceitar a inevitabilidade de vir a ser vítima do assalto que previra durante o sono.
Decidindo que preferia a posse dos seus bens ao estatuto de vidente, traçou mentalmente os caminhos mais seguros até ao emprego, caminhos que eram também os mais demorados e incomuns. Á saída da sua rua, seguiu por uma estrada longa que percorria a periferia do bairro de modo que não atravessava nem urbanizações perigosas nem espaços públicos mal frequentados. Para além disso a ausência de prédios e outros obstáculos naquela estrada permitia-lhe detectar um indivíduo até à exaustão do seu campo de visão. Caso se achasse em perigo, teria tempo de se esconder algures ou de alterar a sua rota, evitando colisões com agentes potencialmente perigosos.
Apesar de todos estes cuidados, João foi assaltado. O assaltante aproximou-se por trás, pedalando uma bicicleta num ritmo tal que bastou o tempo entre dois controlos de retaguarda para se aproximar. Quando João o viu já ele estava a cerca de dois metros e decidiu não fugir. Não foi por orgulho que se decidiu a manter o passo, mas por duas razões bastante práticas, calculadas e inteligentes: fugir seria declarar abertamente de que carregava consigo algo que valeria a pena cobiçar e roubar, além de ser uma demonstração explícita de medo, o principal ajudante de quem comete o roubo. Quando a vítima tem medo, está nas mãos do outro para que este faça dela o que bem entender. O medo é os cordelinhos com os quais o assaltante controla a vítima como uma marioneta.
Então João manteve o passo e esperou, sem poder fazer muito mais, que tudo corresse pelo melhor. Estava já bastante impressionado pela exactidão do sonho e o modo como tudo o descrito o caçava tão implacavelmente e decidira, também por isso, não resistir. Percebera que o futuro aconteceria se estivesse destinado a acontecer. Face aos seus esforços para alterar os eventos que o esperam, o futuro dar-se-ia ao luxo de forçar uma ou outra pequena curva nos seus desenhos para colocar o inevitável algures no nosso percurso.
O assaltante não demorou menos que quarenta segundos nem mais que cinquenta. João sentiu frustrados todos os seus esforços e sacrifícios, o que lhe deixou uma segunda pergunta a flutuar na sua consciência: «Será que teria sido igualmente assaltado se tivesse feito o meu caminho normal, sem tomar qualquer precaução?». Porque na verdade fora a sua luta para evitar o encontro que o levou a estar naquele lugar naquele momento, permitindo o assalto e provando que os acontecimentos inevitáveis do futuro são literalmente inevitáveis.
Restava apenas uma questão: «Se não tivesse tomado precauções, seria assaltado num ponto de outro caminho ou, dadas as circunstâncias, nunca eu teria escolhido outro caminho se não este?».


domingo, novembro 07, 2004

 

Distraídas

É essa a palavra. As pessoas são distraídas.

quinta-feira, novembro 04, 2004

 

O Código David Lynch

Estou a escrever um novo best-seller.
É sobre um conservador do famoso museu do Louvre que é encontrado assassinado, o corpo estranhamente colocado e rodeado de variadas simbologias. Infelizmente, ninguém percebe nada e acaba.

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