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terça-feira, agosto 31, 2004

 

Férias

Quase me esquecia destas horas do dia, estas da zona das 10, 11 da manhã. Há muitos dias que, por exemplo, não tomava o pequeno almoço. Desde este dia, mais ou menos.

segunda-feira, agosto 30, 2004

 

MTV Session

Eu podia ir competir ao MTV Dismissed. Definitivamente. Sou um ser humano do sexo masculino com habilidade suficiente para me inscrever, concorrer não implicaria quebrar nenhuma lei da física portanto não era de todo impossível. Porém, se encararmos a arte do engate como caça e sobrevivência, só tenho a reconhecer que sempre fui da classe de um Tyranossaurus Rex: cabeça grande, dentes assustadores e membros atrofiados. Ainda assim, posto à prova no Dismissed, não teria que temer qualquer humilhação resultante de técnicas de engate que falharam em frente às cameras. Não, eu seria tão mau que a pobre rapariga em questão não ia sequer perceber que eu estava a tentar seja o que for.
Para além de tudo isto, seria desonesto fazer a cruzinha na parte da inscrição que diz "Cocky and self centered" (de certeza que a arrogância é um requerimento...).
Eu podia escrever um post cada vez que vejo o programa. Podia dizer repetidamente e sempre por palavras diferentes o quanto eu não fui feito para me submeter a algo como aquilo. Não, eu nunca iria ao Dismissed.
Por outro lado, o Jackass...


 

ASSHOLE

I AM 30% ASSHOLE/BITCH!
30% ASSHOLE/BITCH
I may think I am an asshole or a bitch, but the truth is I am a good person at heart. Yeah sure, I can have a mean streak in me, but most of the people I meet like me.

domingo, agosto 29, 2004

 

Ouvir John Mayer dá-me vontade de ouvir Dave Matthews Band. Dave Matthews Band dá-me vontade de ouvir Pearl Jam que me dá vontade de nunca ouvir mais nada.

sexta-feira, agosto 27, 2004

 

Sobre aquilo que nos distingue de todos os outros seres humanos (um texto antigo)

(...) De tudo o que já escrevi, discuti ou relatei, a minha vida e a minha pessoa são definitivamente as coisas mais complicadas, já que o que temos dentro de nós é geralmente difícil de ver com total clareza. E porquê? A vida tem maneiras tanto irónicas como dolorosas de nos ensinar que aquilo que temos mais perto pode ser o que menos conhecemos.
A acção de cada um de nós na realidade, através do seu eu, é algo de muito directo: não há qualquer espécie de mediação no fenómeno de sermos causas neste mundo. E mesmo assim há uma incompreensão enorme em cada pessoa, em relação à sua própria pessoa. É esta incompreensão que para mim se afigura inexplicável, o porquê de só nos conseguirmos definir por aquilo que temos de mais exterior e que mais partilhamos com outros seres. "Chamo-me João, sou estudante, quero ser escritor e gosto muito de açorda". João é um nome que não me distingue, estudantes há muitos, não falta quem queira ser escritor e menos ainda quem goste de açorda. Portanto, nada disto me define, há, de certeza, quem além de mim reuna estas características. Ainda assim considero-me um indivíduo particular e inimitável, único, singular. Roubando a ideia de Milan Kundera, não se trata de cada pessoa ter várias características mas, já que há certamente mais pessoas que características normalmente nomeadas, dir-se-ia melhor que cada característica possui um grande número de indivíduos ? uma espécie de agrupamento ou categorização das pessoas. Nós é que realmente somos pertença delas e não o oposto. Pode-se dizer, então, que as coisas que nos distinguem (ocupação, gostos pessoais)não nos distinguem realmente? Que somos nós que as distinguimos ao pensarmos que elas nos distinguem uns dos outros?
No entanto, por mais que partilhemos estas características, por mais que elas nos façam semelhantes a outra pessoa, todos sabemos que dentro de cada um de nós existe algo irrepetido que nos distingue verdadeiramente de todos os outros. O que é? Não penso que alguém o saiba e responda tão prontamente como se lhe perguntassem o nome. Destacamos especialmente o que temos de mais superficial: o estilo de roupa que usamos, a música que ouvimos, as coisas de que gostamos, entre muitas mais. São coisas superficiais na medida em que qualquer pessoa as percebe antes de (ou mesmo sem) atingir o mais fundo de nós. Opondo-se a esse fundo, são características da nossa superfície: superficiais.
Como o mais profundo de nós é difícil de atingir e mais complicado ainda para se exprimir, revelamo-nos ao mundo com o mais periférico de nós. É assim que nos tentamos diferenciar de todos os outros seres humanos: inovando constantemente e o mais originalmente possível a nossa superficialidade. Alguns apercebem-se até que a mudança radical e constante é o mais complicado de se imitar. Mais tarde, alguns apercebem-se de que várias pessoas se aperceberam do mesmo e temos um retorno ao início. Como a normalidade é um factor a evitar a todo o custo, só aqueles que admitem que são normais é que podem provar que o não são.
Mas o objectivo disto que escrevo não é criticar. Para isso não faltam os meus companheiros de geração que acham em tudo o pouco obrigatório de cinismo, hipocrisia, ou mesmo a moda do consumismo do natal. Estou aqui, sentado, a comer torradas no café, para procurar aquilo que distingue cada ser humano de toda a sua espécie. E a primeira conclusão está já estabelecida: há que procurar mais fundo do que onde se situa tudo o que impomos aos olhos dos outros.
Olhando para trás, vejo pessoas que marcaram a história e se destacaram de toda a massa indiferenciada de seres humanos que vivem e morrem despercebidos. O que mostraram estas pessoas do seu interior para que se distinguissem tanto do resto da humanidade? São pessoas elevadas pelos seus ideais, pelas coisas pelas quais lutaram mostrando a inutilidade e ineficácia do dispensável superficial no que diz respeito a definir uma pessoa. Mas, ideais e crença, não serão como o gosto individual e a música que ouvimos? Algo que possuímos menos do que esse algo nos possui a nós? Afinal, para cada crença há um número farto de seguidores e não é essa crença que os distancia. Pelo contrário: é a crença que os aproxima.
São os artistas que convém sublinhar na escala daqueles que mais se aproximaram de revelar a sua pessoa na sua dimensão única. Isto porque a arte é sempre um processo de criação pessoa e subjectiva, joga com a interpretação do mundo aos olhos de cada um e traduz, por isso, aquilo que de mais pessoa a intransmissível temos: o modo como sentimos a realidade que nos rodeia. Enquanto o aperceber e o racionalizar categorizam o ser humano, é o sentir que faz de cada pessoa uma categoria só por si, um elemento que não corresponde nem se identifica com nenhuma das categorias alguma vez formadas. Afinal, o sentir nasce em nós antes da percepção, da definição racional, antes de podermos fazer qualquer coisa para evitar ou controlar. Imprevisível e incontrolável, é o sentir de cada coisa em nós que nos separa com a sua complexidade.
Enquanto dimensão humana indomesticável e inimaginavelmente profunda, o sentir não se compatibiliza com a expressão. De tão fundo que é o nosso sentir, torna-se difícil, por vezes, encaixá-lo nas medidas das palavras. A expressão simbólica do Homem revela-se pouco elástica e eficaz quando se trata de transmitir o que habita para lá do limiar do seu alcance. Assim, a frustração tornou-se um sentimento familiar de qualquer artista, de qualquer um que tente exprimir aquilo que em si é mais inexprimível.
Daí ser difícil definir o que cada um tem de singular com a mesma prontidão de quem só tem que dizer o nome: são coisas distantes demais para o braço débil da linguagem.
Todos sentem, algures pela vida, a sensação de que guardam algo para dizer ao mundo, Eu não sou qualquer excepção, e não são poucas as vezes em que sinto que apenas eu me compreendo, porque se tratam de coisas que não se conseguem dizer: sabem-se apenas pela experiência. Portanto atrevo-me a afirmar que o modo como o mundo se nos apresente é um derivado, de certo modo, da experiência. O que não implica que seja a experiência que nos faz diferentes do próximo. Enquanto a experiência pode ser partilhada, o impacto que esta tem em nós é absolutamente único.
Aqui penso se não se pode aplicar ao sentir o mesmo raciocínio que apliquei aos ideais e crenças: será que várias pessoas partilham o mesmo profundo modo como a sua própria vida lhes toca, formando assim categorias que não nos afirmam como indivíduos? Não creio. Mas não me preocupo. Se falamos do intransmissível, trata-se de algo indemonstrável, impossível de provar e testar. E permite-me a doçura de acreditar que sou único e inimitável.


 

Atenção!

Aí vem um post grande!

terça-feira, agosto 24, 2004

 

Move along...

"Move along, move along...
Nothing to see here...
"
Não é mesmo pedir que se pare e olhe?

segunda-feira, agosto 23, 2004

 

Continuando o post: Lá Fora

Se é verdade que mal entro no carro e parto de viagem, me surgem mil ideias que gostaria de escrever aqui, é no momento em que chego a casa e me sento nesta cadeira que dou comigo vazio. Porém, durante toda a semana não faltaram frases nem temas: eram mesmo uns atrás dos outros.
Isto leva-me a pensar que, em relação a ter ideias e a criar, esgotamos os sítios, os lugares onde nos encontramos. Durante a viagem ao norte, a terras onde nunca tinha posto os pés, fui extremamente mais produtivo do que sempre fui e sou aqui sentado em frente do computador. Aliás, a grande diferença é que lá fora foi produtivo e aqui não sou de todo. Viajar é, para mim, como um estimulante. Sitios novos produzem em mim ideias novas, e isto reflecte-se ainda noutros aspectos de mim, como a fotografia.

A escrita exige mais escrita. Escrever, o acto de escrever, exige continuidade.
Talvez seja essa a razão de viajar. A verdade é que viajo para escrever. Faço assim a minha aprendizagem de escritor. Aprendizagem lenta do movimento sinuoso do mundo.


Al Berto, in O Anjo Mudo

Detalhe: eu pouco viajo, mas a ideia não deixa de ser a mesma.

domingo, agosto 22, 2004

 

!

Já são 4 da tarde... porra! E ainda não fiz nada.

sábado, agosto 21, 2004

 

Lá fora

É no momento que entro no carro que começam a surgir em mim as coisas que gostaria de escrever aqui. Não é o mesmo que "as coisas que gostaria de escrever". Aqui é um detalhe importante: escrever aqui e escrever são coisas diferentes. Escrever engloba escrever aqui mas o escrever aqui não contém o escrever por não ser maior que este. Escrever não implica escrever aqui enquanto que o escrever aqui implica escrever. Simples, não? Vai um desenho?

Circula, circula esse mouse...

Tão simples. Incrivelmene, sou capaz de representar variados aspectos da minha vida e do plano de existência humana em simples esquemas de círculos.

quinta-feira, agosto 12, 2004

 

Axe

Porque raio um desodorizante se chama Axe? Axe é "machado", o que é que isso tem a ver com o produto que não me deixa cheirar mal dos sovacos?

 

Party

Hoje fui a uma festa. It was great!

segunda-feira, agosto 09, 2004

 

Assim! Logo! Já!

Vou escrever qualquer coisa de imediato, sem tempo nem demora, vou sentar-me aqui e ser espontâneo. Escrever o que penso, confiar em mim para produzir qualquer coisa com valor, qualquer coisa simples mas igualmente genial! Sem pensar duas vezes na frase em que escrevo, vou escrever o meu pensamento puro e bruto, e vou publicá-lo cru neste mesmo post, aqui e agora. Aqui vai

domingo, agosto 08, 2004

 

Redundância

Redundância numa só palavra: suicidou-se.
E poderia ter suicidado mais alguém?

 

Deus não paga comboios...

...porque também não anda.

quarta-feira, agosto 04, 2004

 

Gostava

Gostava que as palavras não tivessem qualquer significado, para que eu as pudesse dizer, desregradamente.
Gostava que os gestos não tivessem qualquer consequência, para que eu os pudesse realizar, à vontade.
Gostava, ainda, que nada permanecesse na memória.

Lavar-me do eu de cada ontem.


segunda-feira, agosto 02, 2004

 

Tenho um no pensamento. Daqueles que não passa nos buracos pequenos.

 

Hahaha

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